Por que lançar fundos imobiliários?
A Quatá nasceu com um foco em avaliação de risco de crédito. Eu e os demais sócios fundadores havíamos trabalhado na [agência de classificação de risco] Standard & Poor’s por vários anos, e nos especializamos em calcular o risco de crédito das empresas. Com esse conhecimento, fundamos a Quatá. Nosso principal negócio ainda é o empréstimo direto, conhecido como direct lending.

Como funciona?
Nós montamos estruturas de securitização de recebíveis, que alimentam fundos de direitos creditórios. Essa é a origem dos recursos. Para conceder crédito, nós procuramos as empresas e oferecemos empréstimos. Como não somos um banco, não precisamos ter capital para o patrimônio de referência, o que nos oferece vantagens competitivas. E pelo nosso conhecimento, conseguimos manter baixa a inadimplência das carteiras.

Como os novos produtos se inserem nessa estratégia?
Foi uma evolução natural. Já operávamos o mercado imobiliário dentro de uma estratégia de crédito ampla. Há pouco mais de um ano montamos o Quatá Imob, um braço imobiliário da empresa. Temos um time dedicado a isso. E agora estamos fazendo uma nova rodada de captação para nosso fundo de fundos imobiliários.

Qual a vantagem de um fundo?
Todos os produtos imobiliários têm um problema de prazos. O crédito é longo, o cliente financia a casa em 30 anos. Já o investidor não quer deixar seu dinheiro comprometido por tanto tempo. Um fundo resolve o problema. As cotas podem ter duração tão longa quanto os empréstimos. A diferença é que elas têm liquidez e são negociadas em bolsa. Se o investidor precisar do dinheiro, ele vende a cota. E um fundo de fundos permite escolher os melhores ativos imobiliários do mercado e explorar distorções pontuais de valor.

Quais as características?
O fundo chama-se FoF Quatá Imob pode investir tanto em fundos imobiliários de diversos setores quanto diretamente em ativos imobiliários, como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). A taxa de administração é de 0,90% e a taxa de performance é de 20% do que exceder o índice IFIX.

Há uma aplicação mínima?
Uma cota. As cotas do fundo são negociadas na B3 como se fossem ações, então o investimento mínimo é o valor de uma cota, com o código QIFF11, pela cotação do momento.

CONSERVADORISMO

O patrimônio dos fundos de pensão fechados encerrou 2020 acima de R$ 1 trilhão pela primeira vez na história, informou a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), que representa o setor, na quinta-feira (27). Os investimentos continuam conservadores. A fatia aplicada em renda fixa encerrou o ano passado em R$ 734,1 bilhões, ou 72,6% do total. Esse percentual não se alterou frente aos 72,8% no fim de 2019. Desde 2016, três em cada quatro reais dos fundos de pensão destinou-se a aplicações de renda fixa.

EM ALTA
7,9 pontos 

Foi a alta do Índice de Confiança Empresarial (ICE) para 97,7 pontos, maior nível desde março de 2014. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o indicador subiu devido ao aumento de confiança no Comércio e nos Serviços, setores prejudicados pela volta das restrições em março. O Índice de Confiança do Comércio subiu 9,8 pontos em maio para 93,9 pontos, máximo desde outubro de 2020. Já o Índice de Confiança de Serviços subiu 6,4 pontos, para 88,1 pontos, maior nível desde fevereiro de 2020.

EM BAIXA
35% 

Foi a queda do bitcoin em um mês. As cotações da moeda caíram de US$ 57,7 mil (30 de abril) para US$ 37,3 mil (31 de maio). No pior momento, a queda chegou a mais de 10% em um único dia. Mesmo assim a mais popular dos criptoativos ainda registra valorização de 31% no acumulado de 2021 e de 313% nos 12 meses até maio. Antes das notícias de controle das moedas digitais pela China e da retirada do pé do acelerador por Elon Musk, fundador da Tesla, o bitcoin havia saltado de US$ 10 mil em outubro de 2020 para US$ 65 mil em abril deste ano.