O Banco Central Europeu (BCE) anunciou, nesta quinta-feira (10), o reforço de seu programa de emergência para a pandemia (PEPP) com 500 bilhões de euros (605 bilhões de dólares) adicionais, elevando seu total para 1,85 trilhão de euros (2,2 trilhões de dólares).

A instituição, que também decidiu manter suas principais taxas de juros em níveis historicamente baixos, informou que o programa continuará funcionando “até que julgue que terminou a fase de crise do coronavírus”, ao menos “até março de 2022”.

O outro programa, mais antigo, nomeado QE (“Quantitative Easing”), manteve seu ritmo atual de 20 bilhões de euros por mês.

Os guardiões do euro também prorrogaram até dezembro de 2021 os gigantescos e baratos empréstimos concedidos aos bancos, que deveriam terminar em junho de 2021. As condições favoráveis acordadas aos estabelecimentos para os empréstimos em curso serão prorrogadas até junho de 2022.

As instituições que emprestam dinheiro suficiente para a economia poderão pegar empréstimos com o BCE a uma taxa de 50 pontos básicos abaixo da taxa de depósito, mantida nesta quinta-feira em -0,50%, seu nível mais baixo.

Esta última continuará sendo aplicada ao dinheiro bancário inativo no BCE, uma vez que não é distribuído na forma de créditos.

Suas principais taxas de juros, que servem para refinanciar bancos em curto prazo, foi mantida a zero, nível em que se encontra desde 2016.

Essas medidas eram esperadas desde que o BCE anunciou em outubro uma “recalibração” dos instrumentos para enfrentar a evolução da situação sanitária e a ameaça de um novo colapso das economias da zona do euro.

“O conselho de governadores continuará preparado para ajustar seus instrumentos, conforme necessário”, diante de “uma grande incerteza contínua em relação à dinâmica da pandemia e o fornecimento das vacinas”, afirmou a instituição.