Membro do Conselho Supervisor do Banco Central Europeu (BCE), Edouard Fernandez-Bollo prevê que a solvência dos bancos da zona do euro estará em situação melhor ao fim de 2021 do que no último mês de 2019, antes da crise do coronavírus afetar a economia global, segundo afirmou nesta terça-feira em evento organizado pela SmithNovak.

Para ele, este cenário ocorre por conta de uma “ajuda massiva” de governos ao setor bancário, que preveniu um choque de liquidez e solvência. “Tivemos a pior crise econômica desde a Segunda Guerra Mundial, e os bancos saíram dela mais fortalecidos. Isso ocorreu porque houve uma ajuda massiva”, explicou.

Uma das prioridades do Conselho é monitorar a quantidade de créditos inadimplentes vigentes, disse Fernandez-Bollo, prevendo que o volume dessas operações deve diminuir “consideravelmente” ao fim de 2021. “A geração de crédito inadimplente está em um nível administrável”, afirmou, ressaltando que, apesar disso, os bancos devem seguir alertas à questão.

Para Fernandez-Bollo, o papel do BCE no momento tem sido o de dar suporte para o sistema financeiro sair da crise e, no momento, não há risco de que ocorra uma falha do mercado. Isto pode acontecer, porém, caso o pior cenário da crise da covid-19 retorne, disse.