Após a perda de R$ 16,338 bilhões com as operações de swap cambial em janeiro, o Banco Central registrou prejuízo de R$ 5,081 bilhões em fevereiro com sua posição pelo critério caixa, conforme divulgação realizada nesta quarta-feira pela autoridade monetária.

Pelo conceito de competência, houve perda de R$ 6,857 bilhões. O resultado pelo critério de competência inclui ganhos e perdas ocorridos no mês, independentemente da data de liquidação financeira. A liquidação financeira desse resultado (caixa) ocorre no dia seguinte, em D+1.

O BC obteve ainda um ganho de R$ 9,699 bilhões com a rentabilidade na administração das reservas internacionais no mês passado. Entram nesse cálculo ganhos e prejuízos com a correção cambial, a marcação a mercado e os juros.

Já o resultado líquido das reservas, que é a rentabilidade menos o custo de captação, ficou positivo em R$ 4,792 bilhões em fevereiro. O resultado das operações cambiais no período ficou negativo em R$ 2,127 bilhões.

No acumulado de 2021 até 26 de fevereiro, o prejuízo com swaps somou R$ 21,419 bilhões pelo resultado caixa e R$ 26,678 bilhões pelo competência.

Já a rentabilidade das reservas internacionais ficou positiva em R$ 108,220 bilhões, com resultado líquido positivo de R$ 93,337 bilhões e operações cambiais também positiva de R$ 66,659 bilhões.

O BC sempre destaca que, tanto em relação às operações de swap cambial quanto à administração das reservas internacionais, não visa ao lucro, mas fornecer hegde ao mercado em tempos de volatilidade e manter um colchão de liquidez para momentos de crise.

Posição

Os bancos fecharam fevereiro com posição vendida no câmbio à vista de US$ 25,715 bilhões, informou o Banco Central. No fim de janeiro, essa posição estava vendida em US$ 33,165 bilhões.

As instituições financeiras atuam como contrapartes em operações cambiais. Assim, quando há remessas de moeda estrangeira ao exterior, elas fornecem dólares a empresas e fundos, por exemplo, para envio. Neste caso, a “posição vendida” das instituições tende a aumentar.

Em movimento contrário, quando há entrada de recursos no Brasil, as instituições financeiras recebem os dólares, o que reduz a “posição vendida” ou eleva a “posição comprada”.

A posição dos bancos no mercado à vista também é alterada sempre que o BC realiza leilões de dólares. Assim, quando o BC vende moeda aos bancos, a posição vendida à vista tende a diminuir.