A rentabilidade do sistema bancário brasileiro está em posição intermediária na comparação com os pares internacionais, pontuou nesta terça-feira, 12, o Banco Central em seu Relatório de Economia Bancária (REB). A conclusão resulta da comparação entre o Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) do Brasil e de outros países em 2017.

O ROE dos bancos brasileiros no ano passado foi de 13,8%. Em um universo de 21 países, conforme o REB, o porcentual é o nono maior. O ROE brasileiro é inferior por exemplo ao de bancos de países como Austrália (22,0%), Canadá (21,8%), México (19,6%), África do Sul (19,6%) e Peru (18,1%), que lideram a lista.

Por outro lado, o ROE do sistema bancário brasileiro é superior ao de países como Suíça (3,2%), Estados Unidos (3,4%), Índia (4,5%), Portugal (4,7%) e Itália (4,7%).

“O sistema bancário brasileiro passou por movimento de redução da rentabilidade ao longo dos anos de 2015 e 2016, em consonância com o período de recessão econômica”, pontuou o BC no relatório.

“Em 2017, teve início movimento de recuperação da rentabilidade, com o Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) alcançando 13,8% em dezembro de 2017, ante 11,6% em dezembro de 2016.”

De acordo com o BC, passada a recessão, os bancos reduziram as provisões para crédito de difícil liquidação (PCLD), o que gerou efeitos positivos para a margem de crédito líquida, servindo de indutor para alta do lucro no ano passado.