Após dez altas consecutivas na Selic (a taxa básica de juros) e a sinalização de um “provável” novo aumento em junho, o Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central reconheceu o risco de uma desaceleração mais forte da atividade doméstica nos próximos meses.

Na semana passada, o Copom elevou a Selic em 1,00 ponto porcentual, de 11,75% para 12,75% ao ano.

Desde o início do processo de aperto monetário, a Selic já subiu 10,75 pontos porcentuais, a alta mais forte desde 1999.

“O Comitê avaliou os riscos em torno do cenário de referência para o crescimento em 2022 e 2023. O Comitê ressaltou que o crescimento econômico veio em linha com o que era esperado, mas o aperto das condições financeiras cria um risco de desaceleração mais forte que o antecipado nos trimestres à frente, quando seus impactos tendem a ficar mais evidentes”, afirmou o BC, por meio da ata da reunião da semana passada divulgada nesta terça-feira, 10.

O documento repetiu ainda que o mercado de trabalho segue em recuperação e que os indicadores relativos ao comércio e à indústria apresentaram melhora na margem.