A pandemia do novo coronavírus, que traz impactos profundos para a economia brasileira, levou o Banco Central (BC) a promover ajustes em suas projeções para o mercado de crédito em 2020. A instituição alterou, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), sua projeção para o saldo total de crédito este ano de alta de 11,5% para elevação de 15,6%.

Dentro do crédito total, a projeção do saldo de operações com pessoas físicas passou de alta de 7,8% para elevação de 10,4%. No caso das empresas, a expectativa foi de alta de 16,5% para 22,6%.

Já a projeção para o saldo de crédito livre – aquele que não utiliza recursos da poupança ou do BNDES – passou de alta de 12,5% para elevação de 15,8%. Dentro do crédito livre, a projeção para o crédito às pessoas físicas foi de alta de 6,5% para alta de 10,0%. No caso das pessoas jurídicas, passou de elevação de 20,0% para avanço de 23,0%.

A projeção do BC para o saldo de crédito direcionado, que utiliza recursos da poupança e do BNDES, passou de alta de 10,1% para 15,2%. Dentro do crédito direcionado, a projeção do saldo para as pessoas físicas foi de alta de 9,5% para avanço de 11,0%. No caso das pessoas jurídicas, a projeção passou de alta de 11,0% para 22,0%.

O Banco Central também promoveu ajustes em suas projeções para o mercado de crédito em 2021. No RTI, sua projeção para o saldo total de crédito este ano de alta de 7,3% para elevação de 7,8%. Dentro do crédito total, a projeção do saldo de operações com pessoas físicas passou de alta de 9,0% para elevação de 10,6%. No caso das empresas, a expectativa foi de alta de 5,1% para 4,2%.

Já a projeção para o saldo de crédito livre passou de alta de 9,0% para elevação de 11,1%. Dentro do crédito livre, a projeção para o crédito às pessoas físicas foi de alta de 10,0% para alta de 12,0%. No caso das pessoas jurídicas, passou de elevação de 8,0% para avanço de 10,0%.

A projeção do BC para o saldo de crédito direcionado passou de alta de 4,7% para elevação de 3,3%. Dentro do crédito direcionado, a projeção do saldo para as pessoas físicas foi de alta de 7,7% para avanço de 9,0%. No caso das pessoas jurídicas, a projeção passou de zero para recuo de 5,3%.