O Banco Central (BC) pode impor restrições a compra de 49,9% da XP pelo Itaú para aprovar o negócio, segundo o jornal Valor Econômico.

A solução preferida pela autoridade monetária brasileira, de acordo com o texto, é o Itaú adquirir uma participação acionária inferior a 49,9% da XP, fundada por Guilherme Benchimol. No entendimento do BC, essa seria a forma mais eficiente de garantir a independência da plataforma de investimentos.

Segundo o Valor, há ainda outras propostas na mesa. Uma delas é que as partes abram mão das opções de compra e venda do controle, previstas no contrato. Outra possibilidade seria limitar a participação do Itaú na governança da XP.

O BC não deve vetar o negócio, mas deve impor restrições mais abrangentes do que as negociadas com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em março deste ano.

No acordo com o Cade, a XP concordou em manter sua plataforma de distribuição de investimentos aberta para qualquer interessado. Não foi permitida exclusividade a gestores e emissores de papéis.

Por outro lado, o Itaú deverá se abster da inclusão de qualquer produto de investimento na XP, inclusive sobre as condições comerciais. O banco não poderá interferir na gestão, mas poderá indicar de dois a três representantes no caso conselho de administração.

O Itaú pagou R$ 6,3 bilhões por uma fatia de 49,9% da XP, em maio de 2017.