O Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) manteve inalteradas as diretrizes de política monetária na reunião que chegou ao fim nesta sexta-feira. Por oito votos a um, o banco central japonês manteve a taxa de depósito de curto prazo em -0,1% e deixou inalterada a meta para os juros dos bônus do governo japonês (JGBs) de 10 anos em torno de zero. Além disso, a autoridade monetária manteve o compromisso de comprar JGBs em um ritmo anual de 80 trilhões de ienes, num movimento visto por muitos investidores como uma indicação de que o BoJ deve manter o compromisso com o afrouxamento monetário.

No comunicado que seguiu a decisão de política monetária, o banco central aponta que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) excluindo alimentos frescos está, atualmente, na faixa entre 0,5% e 1,0%. O BoJ também comenta que as expectativas de inflação estão “mais ou menos inalteradas”. Para a autoridade monetária do Japão, a economia do país deve continuar em trajetória de expansão moderada enquanto a inflação continua em tendência de alta e deve subir para a meta de 2% “principalmente devido a uma melhora no hiato do produto e a um aumento nas expectativas de inflação a médio e longo prazo”.

O BoJ, no entanto, aponta diversos fatores como riscos à sua política. São eles: as políticas econômicas nos Estados Unidos e o impacto nos mercados financeiros globais; os desenvolvimentos nas economias emergentes e exportadoras de commodities; as negociações entre Reino Unido e União Europeia sobre o Brexit e seus efeitos; e os riscos geopolíticos.