Com o monopólio das atenções nas redes sociais neste fim de semana, o “Big Brother Brasil 22” ainda nem teve início e já bateu recorde de faturamento publicitário. O reality show, que começa nesta segunda-feira (17), tem o intervalo mais caro da publicidade nacional e já garantiu mais de R$ 600 milhões à Rede Globo.

Segundo o UOL, a emissora carioca ofertou o maior plano comercial de toda a história do “BBB”. Basicamente são 3 cotas publicitárias vinculadas ao programa:

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– Cota “Big”: R$ 91,9 milhões.
Serão 3 os principais anunciantes desta edição do programa: Americanas, Avon e PicPay.

– Cota “Anjo”: R$ 69,4 milhões
Entre os patrocinadores da segunda cota publicitária estão: C&A, Heineken, P&G e Seara.

– Cota “Brother”: R$ 11,8 milhões
A última categoria conta com: Above, Engov, McDonald´s e Quinto Andar.

Esses valores são relativos à tabela publicitária ofertada ao mercado. Os números podem mudar de acordo com as negociações – a Globo não divulga os valores exatos. No entanto, para comparação, o segundo intervalo mais caro da televisão brasileira é o do início do Jornal Nacional: R$ 1,3 milhão. No decorrer do telejornal, os anunciantes pagam até R$ 850 mil por inserção comercial de 30 segundos.

O BBB22 ainda pode extrapolar e muito o valor R$ 600 milhões com a comercialização de propagandas pontuais em provas ou destaques ligados ao programa. Entre as empresas que fecharam esse tipo de participação estão Coca-Cola, Downy, Doriana, Fiat e 99.

Em 2020, ano em que o reality show sofreu uma reformulação e passou a ter foco nas dinâmicas com a internet, sobretudo a partir da inclusão de influenciadores no programa, o BBB tinha seis cotas de patrocínio por R$ 42 milhões, segundo a Bloomberg.

O imenso faturamento, obtido com um baixo orçamento (inferior ao de uma novela, por exemplo), faz do programa o mais rentável da programação da Globo: equivale a 70% do gasto anual de toda a Globo, com núméros relativos ao balanço financeiro de 2020. Naquele ano, a Globo registrou passivo de R$ 1 bilhão apenas com salários e encargos sociais, segundo balanço patrimonial divulgado em março de 2021.

Um relatório publicado pela agência Fitch afirma que a Globo possui R$ 12,1 bilhões em caixa e em aplicações financeiras, apesar de uma dívida de R$ 5,7 bilhões. Em 2020, a empresa teve receita de R$ 12,5 bilhões. Para este ano, a agência estima que a receita líquida da Globo deve crescer 11% e chegar a R$ 15,7 bilhões.