O presidente da BB Seguridade, José Maurício Coelho, reiterou o prazo de 90 dias para que a holding que concentra os negócios de seguros do Banco do Brasil conclua a negociação com a sócia espanhola Mapfre. “O foco da reestruturação com a Mapfre foi priorizar o canal bancário que, na nossa opinião, tem potencial”, explicou ele, em entrevista coletiva à imprensa, na manhã desta segunda-feira, 19.

O impacto e a implementação da reestruturação da sociedade com a Mapfre se darão, conforme o executivo, somente após o acordo vinculante e respectivas aprovações dos reguladores responsáveis. BB Seguridade e a espanhola deixarão de ser sócias no segmento de automóvel e de grandes riscos e manterão a sociedade nos demais ramos, com foco no canal bancário.

Coelho admitiu que o resultado da coligada SH2, que responde pelas áreas de seguro patrimonial e de automóvel e que será recomprada pela Mapfre, não tem apresentado resultados satisfatórios nem para a holding nem para a sócia.

“Continuamos perseguindo a melhora de resultados na SH2. O segmento de seguro de automóvel continua sofrendo por conta da sinistralidade”, explicou o executivo, acrescentando que a queda dos juros também pesa na receita financeira dessa área e que vê melhora desse segmento, mas ainda “tímida”.

A coligada SH2 apresentou lucro líquido ajustado de R$ 15,641 milhões no ano passado, queda de 93,8% em relação a 2016, que ficou em R$ 250,372 milhões. O quarto trimestre pesou no desempenho da subsidiária que reportou prejuízo de R$ 58,968 milhões no período, revertendo o lucro de R$ 29,635 milhões visto um ano antes.

Apesar disso, o segmento de seguros de Patrimônio e Automóvel apresentou melhora da sinistralidade, atingindo 59,2% em 2017, queda de 1,9 ponto porcentual no comparativo com 2016.