O Banco do Brasil e o Bradesco lançaram nesta quarta-feira, 9, a Veloe, uma concorrente para o Sem Parar, e reiteraram a meta de alcançar 1,5 milhão de usuários entre pessoas físicas e jurídicas até 2020. A nova empresa, que atuará por meio da controlada Alelo, de benefícios corporativos, vai operar no segmento de pedagiamento eletrônico e meios de pagamentos para mobilidade urbana no Brasil.

A criação da Veloe consumiu R$ 110 milhões em investimentos até o momento, segundo o presidente da Alelo, Raul Moreira. E, segundo ele, até 2020, quando a nova empresa deve atingir seu ponto de equilíbrio (breakeven), a expectativa é que os valores aportados alcancem R$ 300 milhões.

O investimento em lançar uma empresa do zero, conforme Moreira, foi menor do que fazer uma aquisição no mercado. O Itaú Unibanco, por exemplo, desembolsou R$ 170 milhões por 50% da ConectCar, em 2015. No entanto, conforme fontes, os sócios BB e Bradesco tentaram uma fatia na Sem Parar por meio do braço de adquirência, a Cielo.

A Veloe estará disponível a todos os consumidores de São Paulo e do Rio de Janeiro a partir de julho próximo. “Nosso foco é integrar os meios de transportes e de pagamentos. Iniciamos com um preço competitivo, mas não visamos a criar uma guerra de preços no segmento”, disse ele, em coletiva de imprensa, acrescentando que a marca nasce com as forças dos sócios, BB e Bradesco, e da expertise da Alelo, focada em benefícios corporativos.

Os planos da Veloe vão custar entre R$ 4,90 e R$ 19,90. Na mira da nova empresa e seus acionistas, está um mercado de 4 milhões de usuários que movimentou 1,8 bilhão de transações em estradas e rodovias no ano passado.

A nova empresa vai concorrer com nomes tradicionais do segmento como Sem Parar, da FleetCor, Conect Car, sociedade do Itaú Unibanco com o grupo Ultra, e a Move Mais, da Bertin. “Em nenhum mercado entramos para sermos marginais. Vamos brigar pela liderança”, afirmou o vice-presidente do Banco do Brasil, Marcelo Labuto.

A Veloe é a sétima empresa lançada nos últimos anos pelo Bradesco em sociedade com o BB e que estão num mesmo guarda-chuva, a Elopar. Como exemplos bem-sucedidos, os executivos citaram a bandeira de cartões Elo e o programa de fidelidade Livelo, cujo caixa soma R$ 1,4 bilhão, segundo o vice-presidente do Bradesco, Marcelo Noronha. O executivo disse ainda que os bancos vão usar os seus canais de distribuição, incluindo as agências, para ofertar a solução de pedagiamento eletrônico e de meios de pagamentos.

Num primeiro momento, a Veloe estará disponível para um grupo de clientes e convidados e uma rede de aceitação de 24 concessionárias, incluindo rodovias federais, e estacionamentos em shoppings. Além disso, a empresa já negocia parceiras com mais players como, por exemplo, com redes de postos de combustíveis. Um conjunto de marcas, conforme Moreira, da Alelo, deve ser lançado em breve.