Um total de 179 soldados ucranianos morreram em um mês na batalha de Debaltseve, leste da Ucrânia, e 81 permanecem desaparecidos, anunciou Yuri Biriukov, conselheiro do presidente ucraniano, Petro Poroshenko.

“De 18 de janeiro a 18 de fevereiro, 179 soldados perderam a vida, 110 foram feitos prisioneiros e, no momento, não sabemos o paradeiro de 81”, escreveu Biriukov no Facebook.

As tropas ucranianas abandonaram na quarta-feira a cidade de Debaltseve, que passou a ser controlada pelos separatistas pró-Rússia.

O conflito no país provocou quase 5.700 mortes em 10 meses.

“Os dados não são completos porque a maioria das unidades se misturaram ou dispersaram durante os intensos combates de Debaltseve, que permaneceu semanas praticamente cercada pelos combatentes separatistas”, explicou Biriukov.

“Na realidade, o número de mortos será muito mais elevado. Com certeza, alguns desaparecidos estão mortos”, completou.

Quase 2.500 soldados fugiram da cidade na terça-feira à noite, depois que os combatentes rebeldes entraram na localidade e iniciaram combates de extrema violência.

Os rebeldes eram de cinco a sete vezes mais numerosos que os soldados ucranianos, de acordo com Biriukov.

Os separatistas anunciaram que encontraram os corpos de 57 soldados ucranianos entre as ruínas de Debaltseve. Segundo Biriukov, os insurgentes afirmam que mantêm centenas de militares capturados na cidade.

Neste sábado está prevista uma troca de quase 40 prisioneiros em Lugansk, uma das duas “capitais” separatistas.