Foram necessárias três tragédias, com número crescente de mortos, para que o governo federal decidisse enfim tomar providências. Os rompimentos de barragem de rejeitos de minério de ferro aconteceram em 2014 (Mina Retiro do Sapecado, em Itabirito), 2015 (Mina Germano, em Mariana) e 2018 (Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho). As três são em Minas Gerais e usavam método “a montante”, o mais perigoso, que agora deixa de existir.Determinação da Agência Nacional de Mineração (ANM), publicada no Diário Oficial da União na segunda-feira 18, proíbe novas barragens desse tipo e ordena a desativação das 84 que ainda existem até 15 de agosto de 2023. A eliminação das estruturas começará com que já estão desativadas. Os métodos a jusante – mais seguro e mais caro – e de linha de centro, que apresenta comportamentos similares aos de barragem a montante, continuam permitidos.

(Nota publicada na Edição 1109 da Revista Dinheiro)