O Barclays anunciou que registrou prejuízo de 1,9 bilhão de libras (US$ 2,64 bilhões) em 2017, o que reverteu o lucro de 1,6 bilhão de libras do ano anterior. O resultado mais recente foi afetado pelo desempenho fraco de seu braço de banco de investimentos e também pelo custo relacionado à reforma tributária nos Estados Unidos. A receita total caiu 2% no ano, para 21,1 bilhões de libras, diante do corte de operações. Por outro lado, ele disse que pretende mais que dobrar o dividendo pago aos acionistas.

O banco informou ainda nesta quinta-feira que pretende pagar dividendo de 6,5 centavos de libra por ação em 2018 (de 3 centavos anteriormente). Isso levaria o dividendo de volta ao nível de dois anos atrás, quando ele foi cortado para financiar uma reestruturação do grupo.

O banco de investimentos continuou a prejudicar os resultados. A receita com mercados recuou 17% no último trimestre, na comparação com igual período do ano anterior. O executivo-chefe do Barclays, Jes Staley, porém, disse que o braço de investimentos tem se saído bem até agora neste ano, diante da volta da volatilidade aos mercados.

O Barclays está em um momento de transição e Staley leva mais de dois anos moldando-o para ser um banco com aspirações globais. Investidores agora querem ver como os negócios mais diversos se coordenam, mas os lucros sustentáveis ainda parecem distantes do ideal. No início deste ano, de qualquer modo, a volatilidade nos mercados trouxe clientes de volta ao mercado e gerou um aumento na procura por hedge.

O banco ainda enfrenta várias disputas judiciais, entre elas uma investigação criminal por um levantamento emergencial de capital durante a crise financeira. O Departamento de Justiça dos EUA processa o Barclays, por exemplo, alegando que ele vendeu de maneira fraudulenta mais de US$ 30 bilhões em títulos lastreados em hipotecas que ajudaram a fomentar a crise financeira. O banco tenta se livrar dos processos.

Após o balanço, a ação do Barclays subia 5%, por volta das 7h45 (de Brasília).