Em 2015, uma pesquisa liderada pelo banco UBS se debruçou sobre o conceito da “Utility settlement coin” (USC), um projeto que visa criar um ambiente em comum para que grandes bancos do planeta consigam fazer transações de criptomoedas de maneira rápida e segura. Quatro anos após a ideia ter sido plantada, a iniciativa avança e já tem data prévia para começar a funcionar: 2020.

Segundo o Financial Times, o USC terá inicialmente 14 donos e membros, e as transações serão feitas em dólar americano, yen, euro e libra. Para garantir a estabilidade de câmbio, o plano é que cada moeda digital que tenha uma moeda física guardada no banco central dos países como lastro. As instituições financeiras envolvidas no projeto são: Santander, BNY Mellon, Barclays, CIBC, Commerzbank, Credit Suisse, ING, KBC Group, Lloyds Banking Group, MUFG Bank, Nasdaq, Sumitomo Mitsui Banking Corporation, State Street Corporation e UBS

A ideia é que o novo sistema acabe com a necessidade de papelada e longos processos, porém, ela enfrenta obstáculos regulatórios que vão desde a análise dos riscos até questões de privacidade. No entanto, os bancos dizem que no início o USC será usado apenas em alguns nichos, como para a criação de uma infraestrutura de mercado que garanta que as criptomoedas atinjam as margens necessárias nas transações de derivativos. A intenção é de que no futuro os processos se tornem instantâneos no sistema.

Enquanto o sistema não avança, outros bancos e empresas trabalham em iniciativas próprias. O banco americano JP Morgan já anunciou a criação de uma criptomoeda própria, o JPM Coin, que será usado apenas em transações internas. Já o Facebook também trabalha com moedas digitais e pretende lançar a sua própria, a Libra, em 2020.