Por Andrea Shalal

WASHINGTON (Reuters) – O Banco Mundial concordou nesta terça-feira em aumentar de 28% para 35% o montante de recursos que gasta para combater a mudança climática e a divulgar relatórios de progresso anuais depois que seu esboço de plano de ação contra a mudança climática foi alvo de críticas devido à falta de uma estratégia de implantação clara.

O banco global de desenvolvimento disse que também fornecerá um roteiro para mostrar como ajudará países em desenvolvimento a cumprir suas metas do acordo climático de Paris.

“Isto é realmente transformador na maneira como fazemos negócios”, disse Genevieve Connors, que supervisiona o monitoramento e o informe das finanças climáticas para o Banco Mundial, à Reuters. “Uma das diferenças centrais deste (plano de ação contra a mudança climática) é que nós, do Grupo Banco Mundial, elevamos o clima ao centro de tudo que fazemos.”

O Banco Mundial divulgou alguns detalhes de seu plano em abril, dizendo que este ajudará países em desenvolvimento a diminuírem as emissões de gases de efeito estufa auxiliando-os a abandonar o uso de carvão de forma gradual.

A entidade aumentará o montante que dedica às finanças relacionadas ao clima, que totalizou 83 bilhões de dólares ao longo dos últimos cinco anos, atingindo o pico de 21,4 bilhões em 2020.

Ambientalistas expressaram a preocupação de que o esboço do Banco Mundial carecia de detalhes sobre como ele alinharia as políticas com os objetivos do acordo de Paris e com a hesitação do banco em abandonar os investimentos em gás natural, apesar do compromisso com a transição rumo ao fim do uso de carvão.

(Reportagem adicional de Kate Abnett em Bruxelas)

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