O Banco Mundial revelou nesta terça-feira (29) que pediu ao seu conselho diretor a aprovação de 12 bilhões de dólares para ajudar os países mais pobres a comprar e distribuir possíveis vacinas contra o novo coronavírus.

O banco já implementou programas de resposta a emergências em 111 países e o dinheiro extra, se aprovado, seria destinado a países de baixa e média renda. Os fundos seriam distribuídos ao longo de 12 a 18 meses.

“Uma vacina eficaz e segura contra a covid-19 é o caminho mais promissor para a reabertura segura do mundo”, afirmou um porta-voz do Banco Mundial. “A economia global não se recuperará totalmente até que as pessoas sintam que podem viver, socializar, trabalhar e viajar com confiança”, acrescentou.

As vacinas ainda não estão disponíveis comercialmente, mas o presidente do Banco Mundial, David Malpass, disse ao jornal francês Le Figaro que “o processo de distribuição de uma vacina é complexo” e que é importante antecipar as necessidades associadas a ele.

“Queremos que os países mais pobres tenham acesso [a uma vacina] e, nesses países, queremos que as pessoas mais vulneráveis e os profissionais de saúde sejam vacinados”, afirmou.

Segundo Malpass, a instituição de financiamento ao desenvolvimento com sede em Washington tem experiência com programas de imunização, como aqueles contra a poliomielite e o sarampo, assim como na gestão de crises como os surtos de ebola.

O Banco Mundial bateu um recorde de 45 bilhões de dólares em apoio financeiro entre abril e junho, enquanto a economia global contraía em meio à pandemia de covid-19.