Por David Lawder

WASHINGTON (Reuters) – O rápido envelhecimento da população dos países ricos e de renda média tornará suas economias cada vez mais dependentes da migração dos países mais pobres, e o processo precisa ser melhor administrado, disse o Banco Mundial nesta terça-feira.

O último Relatório de Desenvolvimento Mundial do banco disse que cerca de 184 milhões de pessoas em todo o mundo agora vivem em países onde não possuem cidadania, 43% delas em países de baixa e média renda. Cerca de 37 milhões deste total são refugiados, um número que triplicou na última década.

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Alguns países enfrentam declínios rápidos de suas populações adultas em idade ativa, incluindo a Espanha, onde se projeta uma redução de mais de um terço até o ano de 2100, com os indivíduos acima de 65 anos aumentando para quase 40% da população, a partir dos 20% atuais, afirmou a instituição de desenvolvimento.

Países como México, Tailândia, Tunísia e Turquia também podem precisar de mais trabalhadores estrangeiros em breve, porque suas populações não estão mais crescendo, enquanto os movimentos de migração transfronteiriça já estão se tornando mais complexos, com países de destino e origem abrangendo todos os níveis de renda, de acordo com o relatório.

“A migração pode ser uma força poderosa para a prosperidade e o desenvolvimento”, disse o diretor administrativo sênior do Banco Mundial, Axel van Trotsenburg, em comunicado. “Quando administrada adequadamente, proporciona benefícios para todas as pessoas – nas sociedades de origem e destino.”

O relatório apresenta recomendações para legisladores, principalmente para combinar melhor as habilidades dos migrantes com as necessidades dos países de destino, enquanto protege os refugiados e reduz a necessidade de deslocamentos problemáticos.

(Reportagem de David Lawder)

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