02/11/2017 - 19:00
Quem vem lá
Na quarta-feira 1, o Banco Inter, controlado pelo grupo imobiliário mineiro MRV, solicitou autorização à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para abrir capital. João Vitor Menin, presidente do banco, disse com exclusividade à DINHEIRO que a ideia é tocar a campainha do pregão no primeiro semestre de 2018. “Nosso projeto era abrir capital no ano que vem, mas, devido ao aumento de interesse do mercado por ativos brasileiros, adiantamos esse movimento para o primeiro semestre”, diz. Segundo Menin, os recursos vão sustentar a expansão orgânica do banco. Inicialmente dedicado a financiamentos imobiliários, o banco Inter, antes denominado Intermedium, passou a apostar, em 2016, em um modelo sem agências físicas. Nos primeiros nove meses do ano, a instituição lucrou R$ 32,5 milhões. No fim do terceiro trimestre o banco tinha 271 mil correntistas. A meta é alcançar 1 milhão até o fim de 2018.
Touro x Urso
Após atingir topos históricos, o principal índice da B3 passou por correções e terminou o mês praticamente estável, com leve ganho de 0,02%, no patamar dos 74 mil pontos. Os resultados do terceiro trimestre devem sustentar novas valorizações, agora que a queda dos juros já está refletida nos preços das ações.
Papéis avulsos
Bradesco reduz inadimplência
O Bradesco anunciou, na quarta-feira 1, um lucro líquido de R$ 4,8 bilhões no terceiro trimestre, alta de 7,8% em relação ao mesmo período de 2016. A principal justificativa para a alta do lucro do banco presidido por Luiz Carlos Trabuco foi a redução da inadimplência. Ela caiu para 4,77% da carteira de empréstimos, ante os 4,94% no fim do segundo trimestre. Essa queda foi suficiente para justificar uma redução de 33,4% nas despesas com a provisão para devedores duvidosos, que caíram para R$ 3,8 bilhões no terceiro trimestre. Outro destaque foi o aumento de 5,1% nas receitas com seguros, que avançaram para R$ 18,6 bilhões.
Bancos
Itaú ganha mais emprestando menos
O Itaú Unibanco lucrou R$ 6,2 bilhões no terceiro trimestre, alta de 11,8% ante o mesmo período de 2016, mesmo tendo emprestado menos. A carteira de crédito encolheu 4,9% em 12 meses. Candido Bacher, presidente do banco, disse que o aumento da carteira de empréstimos vai depender da demanda. No ano, até o fim de outubro, as ações sobem 28,4%.
Destaque no pregão
Lucro do Magazine Luiza no trimestre cresce 273%
O Magazine Luiza superou as projeções mais otimistas. A varejista presidida por Frederico Trajano lucrou R$ 92,5 milhões no terceiro trimestre, alta de 273% ante 2016. As vendas cresceram 27% para R$ 3,4 bilhões, o melhor resultado trimestral em cinco anos. A companhia aumentou os investimentos em 68,1%, para R$47,6 milhões, com foco em abertura de lojas, tecnologia e logística. O mercado continua reconhecendo esse desempenho. A alta das ações supera 3.000%, o melhor resultado de uma empresa de capital aberto desde o fim de 2015, segundo um levantamento da empresa de informações financeiras Economatica realizado em seis países: Brasil, Estados Unidos, Argentina, Colômbia, Peru e Chile. No ano, até outubro, a alta é de 380%.
Palavra do analista:
Segundo Guilherme Assis, analista do banco Brasil Plural, o Magazine Luiza permanece à frente de seus pares e os ganhos devem continuar crescendo nos próximos trimestres. O maior risco é a concorrência da Amazon. No entanto, a atuação da empresa americana no Brasil tem ficado aquém das expectativas.
Logística
Dança das cadeiras no comando da OSX
A OSX, empresa de construção naval do antigo conglomerado do empresário Eike Batista, atualmente em recuperação judicial, anunciou, na segunda-feira 30, mudanças na diretoria. O Conselho de Administração elegeu Marcos William Cattan Junior para o cargo de diretor presidente, em substituição a Bruna Peres Born, que continua à frente da diretoria de Relações com Investidores e passa a assumir também o departamento jurídico. No ano, as ações caem 34,1%.
Mercado em números
CIELO
R$ 1,017 bilhão – Foi o lucro da empresa processadora de transações financeiras no terceiro trimestre, alta de 0,8% em relação ao mesmo período de 2016
ALUPAR
R$ 60,47 milhões – Foi o total pago, pela empresa de participações, por uma fatia de 50% do capital da BJL Transmissora de Energia Elétrica
SER EDUCACIONAL
R$ 2,2 milhões – Foi o valor das ações da empresa de educação que foram subscritas no rateio de sobras do aumento de capital realizado por meio de uma emissão privada
BANPARÁ
R$ 1,488 – É quanto o banco estatal do estado do Pará vai pagar como juros sobre capital próprio aos possuidores de ações ordinárias
SANTANDER BRASIL
38,7 milhões – É o número de units, formadas por uma ação preferencial e uma ordinária, que o banco deverá recomprar em um programa que se encerra em novembro de 2018
