O Banco do Brasil encerrou o primeiro trimestre deste ano com lucro líquido ajustado de R$ 8,550 bilhões, um aumento de 28,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Em três meses, houve baixa de 5,4%.

No primeiro resultado da gestão de Tarciana Medeiro, primeira mulher a presidir o BB em 214 anos, o banco público afirma que, na comparação com o mesmo período de 2022, a evolução é explicada pelos crescimentos na margem financeira bruta, receitas de prestação de serviços e resultado de participações em controladas, coligadas e joint ventures. Por outro lado, houve impacto parcial do aumento na despesa de provisões.

No trimestre, o BB colheu R$ 21,161 bilhões em margem financeira, que mede o resultado com operações que rendem juros. É uma alta de 38,0% em um ano puxada pelos aumentos da Receita de Operações de Crédito (35,1%) e do Resultado de Tesouraria (72,1%), que, por sua vez, foram impulsionados pelos crescimentos de volumes e taxas da carteira de crédito e de títulos e valores mobiliários, sendo parcialmente compensados pelo aumento de (52,2%) da Despesa de Captação Comercial.

A receita financeira com operações de crédito foi de R$ 32,304 bilhões, também 4,6% maior em três meses. O resultado da tesouraria, por sua vez, foi de R$ 10,086 bilhões, baixa de 7,8% em um trimestre. Ao contrário dos pares do setor privado, o BB tem carteira de aplicações majoritariamente pós-fixada, o que tem garantido ganhos expressivos na tesouraria. As despesas de captação comercial do banco público, por sua vez, somaram R$ 18,073 bilhões, alta de 3,1% em um trimestre.

Ao final do terceiro trimestre, o BB tinha R$ 2,114 trilhão em ativos, um aumento de 3,8% em relação ao mesmo período do ano passado, e alta de 4,2% em três meses.

O patrimônio líquido do banco ficou em R$ 169,533 bilhões, alta de 10,8% em um ano. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) ajustado, chamado pelo BB de RPSL, foi a 20,8%, alta de 2,9 p.p. em base anual, e baixa de 1,8 p.p. em três meses.