Uma semana após a Caixa Econômica anunciar crédito de R$ 3 bilhões para pequenas e micro empresas, é a vez de o Banco Central (BC) sair em defesa do setor. Na terça-feira (23), a instituição anunciou um pacote de medidas para ampliação da oferta de crédito como ferramenta para amenizar a crise econômica gerada pela pandemia. Somadas, todas as medidas podem gerar até R$ 212 bilhões em empréstimos. Até agora, a maior parte dos programas adotados pelo governo federal beneficiaram as grandes corporações, como admitiu o próprio presidente do BC, Roberto Campos Neto. “Entendemos que a maior parte dos recursos foi para as grandes companhias”, ele disse, durante o lançamento do novo programa. Por isso, o foco do novo pacote são as micro, pequenas e médias empresas. Uma das iniciativas autoriza que o saldo das operações de crédito para capital de giro de empresas de faturamento anual de até R$ 50 milhões seja deduzido do recolhimento compulsório sobre depósitos de poupança, pelo prazo de três anos. Outra ideia incluída no pacote é a redução temporária do requerimento de capital, possibilitando a liberação de R$ 1,3 bilhão e um aumento da capacidade de concessão de crédito de até R$ 16,5 bilhões.

Pedro Ladeira

“Todas as medidas do BC passam pelos balanços dos bancos e dependem de uma análise de mercado que levam em consideração o risco e o retorno de cada operação. Essas novas medidas serão direcionadas para as micro, pequenas e médias empresas” Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central.

Arrecadação de impostos tem pior desempenho dos últimos 15 anos

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Os efeitos econômicos da crise do coronavírus somados ao adiamento no recolhimento de tributos causaram um rombo gigantesco na arredação de impostos e contribuições federais. Segundo a Receita Federal (RF) divulgou na terça-feira (23), a queda no mês passado foi de quase 33% em relação a maio de 2019. Entraram nos cofres públicos R$ 77,4 bilhões, ou seja, R$ 37,6 bilhões a menos do que os R$ 115 bilhões no mesmo mês do ano passado. De acordo com a própria RF, com isso a arrecadação de maio é a menor para o mês dos últimos 15 anos – em 2005, o montante arrecadado foi de R$ 76,2 bilhões. Apenas em relação ao diferimento de tributos, atitude tomada pelo governo para aliviar o caixa das empresas durante a pandemia, o impacto negativo foi de quase R$ 30 bilhões. Considerando os cinco primeiros meses do ano, a arrecadação somou quase R$ 580 bilhões, que representa o pior desempenho para o período desde 2010 e um baque de 12% em comparação com igual período de 2019.

Dono da XP, Benchimol entra para a lista dos mais ricos do mundo

Claudio Gatti

O empresário Guilherme Benchimol acaba de entrar para a lista dos 20 brasileiros mais ricos do mundo. Aos 43 anos, o CEO da XP Investimentos é dono de um patrimônio avaliado em US$ 3 bilhões (mais de R$ 15 bilhões), segundo dados da Forbes. Com isso, Benchimol ultrapassou os irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS e com fortuna estimada em US$ 2,6 bilhões, e o empresário Abílio Diniz, cujo patrimônio é estimado em US$ 2,3 bilhões. Além disso, ele passou a fazer parte dos 850 homens mais ricos do planeta, também de acordo com a Forbes. Em dezembro do ano passado, a fortuna de Benchimol estava avaliada em US$ 1,2 bilhão. Foi quando a XP realizou uma Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês) no mercado de ações norte-americano. O resultado da operação gerou US$ 19 bilhões em capitalização à companhia. E uma montanha de dinheiro ao seu dono.

Covid-19 ainda gera riscos à produção da Vale

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O aumento diário de casos de Covid-19 continua gerando riscos à produção da Vale. Na terça-feira (23), a Ágora Investimentos, que acompanha a evolução da pandemia em Minas Gerais e no Pará – os dois estados do País com maior presença da mineradora –, ressaltou as incertezas crescentes causadas pelas interrupções no fornecimento de minério de ferro. Foram observados padrões mais rigorosos de segurança sanitária, a falta de trabalhadores e o aumento de processos de licenciamento atrasados. No município de Parauapebas (foto), no Pará, a propagação do coronavírus continua em ritmo acelerado, gerando mais riscos às operações da Vale. Segundo a Fiocruz, nos últimos dias a região chegou a ter aumento de até 30% dos casos de Covid-19, em relação ao mês passado, alcançando quase 400 novos registros no último dia 19. Marabá, outro município paraense fundamental para a mineradora, também tem computado aumento de casos diários. Para complicar ainda mais o cenário para a Vale, Minas Gerais tem registrado altas diárias nos últimos dias. Na terça-feira (23), o estado confirmou 51 mortes no período de 24 horas, número recorde desde o início da pandemia. Em relatório, a Ágora destacou que “as mineradoras ainda estão expostas a possíveis interrupções relacionadas à Covid-19” e que a pandemia trouxe novos desafios às metas da Vale para este ano.

Uma verdade inconveniente

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A OMS afirmou, na terça-feira (23), que a taxa de positivo em testes de coronavírus no Brasil indica que a epidemia está subestimada no País. Segundo o Imperial College, o Brasil registra 34% dos casos possíveis, o que sugere que o número real de brasileiros infectados pode ser o triplo do oficial, que era de 1,15 milhão na quarta-feira (24). Assim, o País pode ter quase 3,5 milhões de contaminados.

Venda de lenço antisséptico cresce 30.000%

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Primeiro foi o álcool gel, que viu as vendas dispararem mais de 3.000% com a pandemia de Covid-19. Agora é a vez
de outro produto fazer sucesso entre os consumidores brasileiros, preocupados em evitar o contágio. O lenço antisséptico FreeWipes, que tem a mesma função do álcool gel, viu suas vendas aumentarem de cerca de 10 mil unidades por mês em fevereiro – quando o Brasil ainda não tinha nenhum caso confirmado de coronavírus – para quase 3 milhões em maio. No e-commerce da marca, o crescimento foi bem menor, mas igualmente animador, com um salto de 665 unidades em fevereiro para quase 12 mil no mês passado (alta de cerca de 1.700%).