A balança comercial fechou janeiro com um superávit de US$ 2,2 bilhões, segundo os dados do Indicador do Comércio Exterior (Icomex), divulgado nesta terça-feira, 19, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Porém, se retirado o impacto das importações feitas das plataformas de petróleo – influenciadas pelas mudanças do Repetro, regime fiscal do setor de óleo e gás – o saldo aumenta para US$ 3 bilhões.

O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.

No primeiro mês do ano, a China manteve a liderança como principal destino das exportações brasileiras, enquanto a Argentina voltou a perder participação. A fatia chinesa nas compras de produtos brasileiros subiu para 20,9% em janeiro de 2019, 2,6 pontos porcentuais acima de janeiro de 2018.

“A ascensão chinesa continua dependente do desempenho das commodities – petróleo, minério de ferro e soja explicaram 72% das exportações brasileiras para esse mercado”, apontou a FGV, em nota.

Já a fatia da Argentina como destino das exportações brasileiras caiu de 7,1% em janeiro de 2018 para 3,7% em janeiro de 2019, fazendo o país cair para a quinta posição na lista dos principais mercados de destino das vendas brasileiras no exterior.

Conforme a FGV, os compromissos da Argentina com o Fundo Monetário Internacional (FMI) devem fazer com que o PIB daquele país deva recuar esse ano.

“Espera-se, portanto, que as vendas de automóveis continuem caindo em 2019, pois o país é o principal comprador desse produto. Logo é alta a probabilidade que se repita o resultado de 2018, quando houve recuo no volume exportado de bens duráveis o setor automotivo é o principal componente”, previu a FGV.