Em meio ao caos do mercado financeiro, por causa do imbróglio da Petrobras, as ações da Lojas Americanas dispararam desde a última segunda-feira com notícias sobre a possível fusão com sua controlada B2W. Enquanto o Ibovespa caia cerca de 5%, as ações ordinárias da rede de varejo subiram 40% e as preferenciais avançaram 19,8%. Os investidores se animaram com a possibilidade de costura nas atividades da rede de varejo e de sua controlada. A aposta dos compradores é que da união possa surgir uma companhia de comércio eletrônico que consiga enfrentar Magazine Luiza e Mercado Livre. Para os analistas, a combinação entre a Americanas (que já controla a B2W, com 57% de participação) e os sites Submarino, Shoptime, Blockbuster, Ingresso.com e B2W Viagens traria ganhos substanciais com sinergia, simplificação de processos, agilidade na tomada de decisões e ganhos fiscais. O ponto crítico da fusão será a relação de troca entre as ações, e os ganhos ou as perdas potenciais aos minoritários.

EDUCAÇÃO
Eleva compra escolas do grupo Cogna 

Felipe Rau

A Eleva Educação, que tem Jorge Paulo Lemann como sócio, anunciou a compra de 51 escolas do grupo Cogna, entre eles o Colégio Pitágoras e Centro Educacional Leonardo da Vinci. O negócio, que inclui uma troca de ações entre as duas empresas, cria o maior grupo de educação privada do Brasil e o negócio vai precisar da aprovação do Cade. Pelo acordo, a Eleva pagará R$ 964 milhões para ficar com as escolas do grupo Cogna, que por sua vez vai comprar R$ 580 milhões do sistema Eleva.

QUEM VEM LÁ
Dotz registra IPO na CVM

A Dotz formalizou junto à CVM um pedido de oferta pública primária e secundária de ações (IPO da sigla em inglês). Criada no ano 2000, a empresa de pontos de fidelidade afirma ter 48 milhões de clientes, sendo 9 milhões ativos (com transações nos últimos 12 meses). A receita líquida da companhia no último ano foi de R$ 111 milhões, com queda de 12,5% ante 2019 devido à crise provocada pela pandemia. O investimento foi de R$ 130 milhões nos últimos anos e a geração de caixa medida pelo Ebitda Ajustado foi de R$ 12,1 milhões.

PAGAMENTOS
Rumor faz ação da Cielo disparar

Rumores sobre um possível fechamento de capital fizeram as ações da Cielo subir 5,6% na segunda-feira (22). Os papéis da companhia de pagamentos reagiram aos rumores de estudos para o fechamento do capital realizados pelos controladores, Bradesco e Banco do Brasil. O BB negou que haja qualquer decisão sobre a Cielo, mas afirma que avalia constantemente as oportunidades. Já o Bradesco informou que não estuda nada neste sentido “neste momento”.

DESTAQUE NO PREGÃO
Lucro da Weg aumenta 48,3% em 2020

A Weg apresentou, na quarta-feira (24), números positivos no quarto trimestre de 2020, com uma receita líquida em linha com as expectativas do mercado. A geração de caixa medida pelo Ebitda e o lucro vieram acima do esperado. A receita líquida do trimestre atingiu R$ 4,9 bilhões, crescimento de 29,4% na comparação anual e de 1,8% ante o trimestre anterior. Já a geração de caixa medida pelo Ebitda foi de R$ 981 milhões, alta de 47,2% na comparação com o igual período de 2019 e de 4,9% ante o terceiro trimestre. Com isso, a margem Ebitda passou de 19,5% no terceiro trimestre de 2020 para 20,1% nos três meses até dezembro. O lucro líquido da empresa presidida por Harry Schmelzer Jr. somou R$ 742,2 milhões, crescimento de 48,3% na comparação de base anual e aumento de 15,2% na comparação com o terceiro trimestre.

VAREJO
Pão de Açúcar ganha sem Assaí

Na terça-feira (23), o Grupo Pão de Açúcar (GPA) anunciou os resultados do quarto trimestre e do acumulado no ano de 2020. Os números já excluem, pela primeira vez, os dados da rede de atacarejo Assaí devido à cisão entre as duas companhias. A receita cresceu 11,5% na operação Brasil (Pão de Açúcar e Extra) e 7,8% na América Latina exceto Brasil (grupo Éxito). A margem Ebitda no GPA Brasil subiu 9% no quarto trimestre. No total do ano, o Ebitda ficou em R$ 3,9 bilhões, com margem de 7,8% (incremento de 0,7 pontos percentuais). O crescimento do e-commerce foi forte para R$ 1,1 bilhão, três vezes mais que em 2019. O lucro líquido consolidado alcançou R$ 1,237 bilhão, com margem de 2,5%, excluindo-se os efeitos não recorrentes.