Os acionistas da Azul aprovaram nesta segunda-feira, 10, em Assembleia Geral Extraordinária, a venda de sua participação acionária na Transportes Aéreos Portugueses (TAP) ao governo português. A venda da participação indireta de 6% teve valor total de, ao menos, 10,5 milhões de euros, com eliminação do direito de conversão dos bônus seniores detidos pela Azul de 90 milhões de euros com vencimento em 2026.

“Como muitas outras companhias aéreas em todo o mundo, a TAP foi severamente impactada pela crise da pandemia de covid-19. Com a ajuda fornecida pelo governo português, seremos capazes de garantir a continuação da TAP, e também manter a integridade de nosso investimento”, afirmou John Rodgerson, CEO da Azul, em fato relevante divulgado no anúncio da operação, em julho.

Os bônus têm valor de face mais juros acumulados de R$ 680 milhões. As demais condições contratuais dos bônus seniores serão mantidas, “incluindo o status de credor sênior, taxa de juros anual de 7,5% e o direito à constituição das garantias previstas nos respectivos termos e condições, como o programa de fidelidade da TAP”, disse a Azul em comunicado.