A aeronave que transportava a cantora Marília Mendonça, nesta sexta-feira (5), em Caratinga (MG), e o acidente que causou a morte de todos os tripulantes serão investigados pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão do Comando da Aeronáutica.

“A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo da complexidade da ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os fatores contribuintes”, explica nota do Cenipa.

Na ação inicial, os investigadores identificam indícios, fotografam cenas, retiram partes da aeronave para análise, ouvem relatos de testemunhas e reúnem documentos.

Marília Mendonça havia revelado a amigos que não gostava de voar em aeronaves do modelo King Air, disse o colunista Leo Dias do portal Metrópoles. A cantora teria vendido seu jatinho durante a pandemia e não conseguiu alugar outra aeronave. “Marília não anda em King Air por ser instável. Não conseguiu um jato e foi nesse mesmo”, disse um amigo da cantora ao colunista.

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave de matrícula PT-ONJ, modelo C90A, tinha como proprietária e operadora a empresa Pec Taxi Aereo Ltda e possuía capacidade para transportar seis passageiros, além dos pilotos.

Segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), o avião estava com o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) válido até  julho de 2022 e a empresa tinha autorização para operar táxi-aéreo.

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) informou que o avião atingiu um cabo de uma torre de distribuição da Companhia no município mineiro.

A cantora sertaneja tinha 26 anos e viajava com o produtor Henrique Ribeiro, seu tio e assessor Abicieli Silveira Dias Filho, além do piloto e co-pilto do avião. Todos morreram no acidente.

A aeronave saiu de Goiânia com destino a Caratinga, onde Marília faria um show nesta sexta-feira.