Cerca de 30,2 milhões de domicílios receberam algum auxílio emergencial relacionado à pandemia no mês de julho, o equivalente a 44,1% do total de domicílios do País. Em junho, 43,0% dos lares estavam contemplados. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19) mensal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O valor médio do benefício – como o Auxílio Emergencial e o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda – recebido foi de R$ 896 por domicílio em julho, ante R$ 885 em junho.

Na região Norte, 60,6% dos domicílios receberam o auxílio em julho, e no Nordeste, 59,6%.

“Todas as Unidades da Federação registraram aumento de porcentual de domicílios que receberam auxílio”, disse Maria Lucia Vieira, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Os Estados do Norte e Nordeste tinham as maiores proporções de domicílios onde pelo menos um dos moradores era beneficiário de algum programa de auxílio emergencial.

Os cinco Estados com maior proporção de lares atendidos foram Amapá (68,8%), Maranhão (65,8%), Pará (64,5%), Alagoas (62,8%) e Amazonas (62,6%). Todos os demais Estados do Nordeste e Norte tinham mais da metade das famílias assistidas pelo auxílio emergencial, exceto Rondônia, em que 48,5% dos lares tinham sido contemplados.

Todos os Estados das demais regiões ficaram abaixo de 50%, sendo Rio Grande do Sul (29,6%) e Santa Catarina (24,5%) com menos domicílios assistidos, proporcionalmente.

O rendimento médio real domiciliar per capita efetivamente recebido em julho foi de R$ 1.271, um aumento de 2,9% em relação aos R$1.236 recebidos em junho. No Nordeste, a renda ficou em R$ 899, enquanto no Norte o rendimento foi de R$ 903.

A renda média domiciliar per capita dos domicílios onde nenhum dos moradores recebia auxílio do governo concedido em função da pandemia era de R$ 1.760, mais de duas vezes superior ao rendimento médio de R$ 797 das famílias contempladas pelo auxílio.