A promessa informada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) de começar a pagar, no mínimo, R$ 400 para mais de 17 milhões de famílias cadastradas no Auxílio Brasil a partir de novembro não será cumprida. O plano era de ampliar o número de famílias atendidas pelo programa ainda em 2021.

Outra promessa que não será atendida diz respeito a compensação retroativa, ao contrário do que chegou a ser anunciado, não há previsão para que os beneficiários do programa social recebam esse valor.

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Com o Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família, foi prometido elevar a renda transferida à população vulnerável (de R$ 190 por mês para R$ 400) e ampliar o número de famílias atendidas (de 14,5 milhões atualmente para mais de 17 milhões). Essa promessa chegou a ser reiterada pelo ministro João Roma (Cidadania) no início de dezembro.

Mas técnicos do Ministério da Cidadania afirmam agora que isso não será mais viabilizado neste ano, e sim apenas na folha de pagamento de janeiro.

Ouvido pela Folha de S. Paulo, o Ministério da Cidadania informou que “a expectativa da pasta é alcançar cerca de 18 milhões na próxima folha regular de pagamento (em janeiro), zerando a fila de espera, o que demonstra o compromisso do governo federal em garantir e ampliar continuamente o atendimento nas ações de proteção social para os cidadãos mais vulneráveis”. Sobre a desistência de pagamento do valor retroativo, o ministério argumentou que, na MP (medida provisória) que eleva o valor da renda transferida pelo Auxílio Brasil, não há previsão de pagamento retroativo desse benefício.