Principal programa de assistência social do governo, o Auxílio Brasil criou uma lista de espera de mais de 1,3 milhão de pessoas no mês de março. 

De acordo com estudo do Conselho Nacional de Municípios (CNM) publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo, essa lista vem aumentando mês a mês. Em janeiro o Ministério da Cidadania chegou a dizer que a fila estava zerada. Já em fevereiro, esse número havia subido para 1 milhão. 

+Jerome Powell toma posse para segundo mandato de quatro anos à frente do Fed

A fila do auxílio é formada por pessoas que deram entrada para receber o benefício, mas ainda não foram aprovadas no chamado CadÚnico. Há também uma chance desses números serem ainda maiores por conta da subnotificação.   

Segundo o estudo do CNM, oito mil das famílias que aguardem estão em situação de rua e deveriam ser prioridade no cadastro. Além disso, 233 mil famílias possuem filhos de até quatro anos. Os municípios são os responsáveis pelo cadastramento inicial dos beneficiados.   

Fila da fila 

A Rede Brasileira de Renda Básica (RBRB) alerta que também há um problema adicional que é a chamada “fila da fila”, composta por pessoas em vulnerabilidade tão grave que nem sequer conseguiram completar seus cadastros nos Centros de Referência de Atendimento Social (Cras) das cidades e nem fazem parte da fila oficial.    

Segundo o Estadão, em uma reunião que a rede fez com o Ministério da Cidadania, o presidente da organização, Leonardo Ferreira, disse que a pasta não nega que a fila já esteja acima de 1 milhão de pessoas. O governo, porém, estaria dificultando o acesso a esses dados, segundo a RBRB.