O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) enviou nesta segunda-feira (9) uma Medida Provisória ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), em que cria o Auxílio Brasil, que deve substituir o Bolsa Família. Segundo o ministro da Cidadania, João Roma, o reajuste será de ao menos 50% do programa social, que é atualmente RS$ 189. O novo benefício, portanto, pode pagar, em média, RS$ 283,50.

Roma ainda disse que o programa social deve ampliar o número de beneficiados. Atualmente, o Bolsa Família chega a 14,6 milhões de pessoas, e o Auxílio Brasil deve alcançar ao menos 16 milhões.

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O texto encaminhado ao Congresso ainda não define o valor do programa, que deve ser estabelecido oficialmente em outubro.

“O valor, portanto, deve ser definido por volta do final de setembro uma vez que essa reestruturação do programa entra em vigor no mês de novembro. Até outubro temos a extensão do auxílio emergencial. O programa com essa nova reformulação abrange uma série de políticas públicas e o valor do benefício será diferente de acordo com o perfil de cada família”, acrescentou Roma em coletiva de imprensa.

O Auxílio Brasil vai integrar políticas sociais com foco em saúde, educação, emprego e renda e deve oferecer também Auxílio Creche, Auxílio Inclusão Produtiva Rural, Auxílio Inclusão Produtiva Urbana e ações de microcrédito. A MP entregue também cria o Programa Alimenta Brasil com foco especial em primeira infância e famílias mais vulneráveis.

O valor de RS$ 283,50 ainda fica abaixo dos RS$ 300 prometidos por Bolsonaro. “Sabemos que a pandemia trouxe uma inflação dos alimentos para o mundo todo. Então, não podemos deixar desassistidos os mais vulneráveis. Já decidido por nós que é uma proposta mínima de 50% do Bolsa Família, que agora se chama de Auxílio Brasil”, disse Bolsonaro.