Autoridades financeiras dos Estados Unidos classificaram como “impressionantes” as acusações de que estariam tentando censurar o fundador e CEO da Tesla, Elon Musk, publicou a CNN. Nesta segunda-feira (18), a Comissão de Valores Mobiliários (SEC, na sigla em inglês), voltou a afirmar que Musk quebrou o acordo de não revelar informações estratégias da Tesla por meio das redes sociais.

Este foi apenas o novo capítulo da ruidosa tensão entre o bilionário sul-africano e as autoridades norte-americanas. Um acordo firmado entre ambas as partes no ano passado estabelecia que todos os tuítes do gestor da Tesla deveriam ser pré-aprovados. A medida foi uma forma de Musk não ser processado pelas autoridades após ser acusado de tentativa de manipulação do mercado financeiro ao postar no Twitter que cogitava fechar o capital da empresa.

No mês passado, Musk tuitou que a Tesla provavelmente construiria cerca de meio milhão de carros este ano. Quatro horas depois, ele alterou seu comentário para observar que o ritmo de produção alcançaria uma taxa anualizada de 500 mil unidades até o final do ano. Para a SEC, a revelação das informações quebrava o acordo feito em 2018, e as autoridades pediram que a justiça dos EUA notificasse o empreendedor.

Desde então, Musk fez uma série de ataques contra as autoridades, afirmando que a medida era uma forma de censura e violação dos seus direitos constitucionais.

De acordo com a SEC, ele está interpretando o acordo “como não exigindo aprovação prévia, a menos que Musk decida unilateralmente que seus tuítes planejados são materiais”, disse a agência, acrescentando que tal abordagem é “inconsistente com os termos simples do acordo e faz a exigência de pré-aprovação sem sentido.”

A Justiça de Nova Yok, responsável pelo primeiro acordo entre Musk e a SEC, julgará se a conduta do CEO da Tesla feriu ou não o tratado. Ainda não há previsão para a decisão.