Pelo menos até o final de 2021, a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras, o famoso IOF, vai subir. A mudança faz parte de uma estratégia do governo federal para angariar recursos para sustentar o Auxílio Brasil, a nova versão do Bolsa Família.

A expectativa do Ministério da Economia é que, até dezembro, seja possível arrecadar cerca de R$ 2,14 bilhões. O IOF é apurado diariamente e, pelas novas regras, a alíquota anual para pessoa física passa de 3,0% para 4,08%. Para pessoas jurídicas, o valor sobe de 1,5% para 2,4%. Apenas as Pessoas Jurídicas do Simples Nacional, como MEIs, não terão aumento no IOF.

O que muda com o aumento?

De acordo com uma cartilha do Nubank, o aumento não será para todas as operações sobre as quais o IOF incide. Estava previsto que a mudança atinja apenas as operações de crédito, como empréstimos e financiamentos. Neste caso, o IOF é composto por uma alíquota fixa mais uma alíquota diária, onde apenas a taxa diária ficou mais cara.

Em um empréstimo, o cliente paga parcelas mensais que já contém juros. Por exemplo, uma pessoa pegou R$1 mil para ser pago em 30 dias. Os juros são R$50. Com a mudança anunciada no IOF, muda apenas o IOF diário pago.

É importante prestar atenção em dívidas como cheque especial, que tem uma das taxas mais caras do mercado. Essa dívida é atualizada todos os dias, ou seja, quanto mais tempo você ficar com a dívida, mais você vai pagar.

Quando eu pago IOF?

Alguns exemplos mais comuns de cobrança do IOF no dia a dia incluem:

  • Usar o cartão de crédito em compras fora do país (online ou presencialmente);
  • Atrasar o pagamento da fatura (pois o valor entra no rotativo)
  • Comprar ou vender moeda estrangeira;
  • Fazer um empréstimo ou financiamento;
  • Usar o cheque especial ou crédito rotativo;
  • Resgatar um investimento;
  • Fazer um seguro.

Mas o que é o IOF?

O IOF é o imposto cobrado pelas transações financeiras. Entre as mais comuns estão crédito, câmbio e seguros. Além disso, o IOF também está presente em qualquer operação titular e de valores imobiliários, como bolsa de valores ou fundo imobiliário.

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Ele é um imposto federal com intuito de ser um regulador da economia nacional. A taxa cobrada em cada operação é vista como um recolhimento proporcional dos investimentos, dando conhecimento da demanda e oferta de crédito.