O União Brasil foi um dos partidos que mais se fortaleceram na última semana, quando terminou o prazo para políticos mudarem de sigla sem sofrerem punições. Um dos reforços do novo partido político foi a filiação da atriz Maria Paula Fidalgo, conhecida pelo programa humorístico “Casseta e Planeta”.

Segundo o Correio Braziliense, a humorista pode integrar alguma chapa majoritária ou disputar uma vaga de deputada federal. Maria Paula é embaixadora da paz pelo governo do Distrito Federal e integrou-se ao partido a convite do senador José Antônio Reguffe, que deixou o Podemos para ir ao União Brasil.

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Recém-formado a partir da fusão entre PSL e DEM, o União Brasil é comandado pelo deputado Luciano Bivar, que atraiu também o ex-juiz Sergio Moro. Moro deixou o posto de pré-candidato do Podemos para se juntar ao novo partido, mesmo sem a certeza de que irá ser o candidato à Presidência.

Moro anunciou na última sexta (1) que não teria desistido de ser presidente e que não irá concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados, o que gerou uma crise no partido: segundo a Veja, o grupo ligado a ACM Neto tenta impugnar a filiação do ex-juiz da Lava Jato; a cúpula nacional do partido, ligada a Junior Bozzela, avalia desautorizar nota de Alexandre Leite, liderança do partido em São Paulo, que descartou a chance de Moro disputar o Planalto.

Neste final de semana, Moro encontrou-se com Simone Tebet (MDB-MS) e com Eduardo Leite (PSDB), ex-governador do Rio Grande do Sul. No Twitter, Moro disse que as conversas foram sobre “união do centro”. “Democratas não podem se conformar com os autocratas Lula/Bolsonaro”, escreve o ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro.

Embora tenha sido o partido que mais perdeu deputados federais durante a janela partidária, o União Brasil conta com 13 postulantes a governos estaduais e será o partido com a maior fatia do fundo eleitoral: cerca de R$ 1 bilhão, segundo a Folha de São Paulo.

Dos 13 postulantes a governador do União Brasil, oito não são do DEM e do PSL e ingressaram atualmente na legenda, como o governador do Amazonas, Wilson Lima, que deixou o PSC para disputar a reeleição pelo novo partido.