A frustração de profissionais digitais brasileiros em empresas de tecnologia ultrapassada atinge 52% dos entrevistados por  uma pesquisa realizada em 12 países pela empresa de segurança tecnológica Unisys. O índice de descontentamento com a defasagem está diretamente relacionada à perda de profissionais: 13% dos entrevistados são propensos a procurar um ambiente de trabalho com maior capacidade tecnológica.

Os equipamentos são a maiores fontes de problemas para os funcionários de organizações slow tech, com 43% deles afirmando que são impedidos de serem mais produtivos por conta de dispositivos obsoletos. Os baixos recursos digitais levam os trabalhadores tomarem medidas de forma independente.

A pesquisa mostrou que quase dois terços dos profissionais digitais (63%) fazem download de aplicações e software sem suporte do grupo de TI de suas organizações, porque são “melhores do que os oferecidos pela empresa” ou porque “a empresa não oferece uma alternativa.”

Na avaliação do diretor de transformação digital da Unisys para a América Latina, Fabio Abatepaulo, os dados mostram um novo paradigma no ambiente de trabalho digital no Brasil. “Quase metade das pessoas que trabalham em empresas tecnologicamente atrasadas sentem que equipamentos obsoletos estão limitando a produtividade, sendo que mais da metade está frustrada e pensando em deixar seus empregos”, afirma.

Esse estudo global entrevistou mais de 12 mil funcionários em 12 países, em abril, para avaliar as atitudes dos profissionais digitais de hoje em relação ao modo como a tecnologia usada no ambiente de trabalho influencia suas rotinas diárias.