A escalada da violência durante os protestos em Hong Kong preocupa o mercado e investidores. Segundo analistas ouvidos pela CNN, cenas como a invasão do Parlamento por grupos nesta segunda-feira (1º) podem trazer danos à imagem de segurança e estabilidade para o principal centro financeiro da Ásia.

Os atos coincidiram com as comemorações dos 22 anos da entrega do comando da ilha aos chineses pelos britânicos. Um dos principais pontos do acordo era de que o governo da China iria manter autonomia financeira e política de Hong Kong.

Os protestos iniciaram em maio após Pequim tentar aprovar um projeto que permitia a extradição de suspeitos de crimes para serem julgados na China continental. A ação criou revolta ao ser vista como uma tentativa do Partido Comunista ampliar a sua influência na política da ilha.

À época, parte do mercado financeiro de Hong Kong foi contra a medida, inclusive incentivando trabalhadores a participarem dos protestos. Porém, os atos de violência deve faze com que os empresários se afastem dos manifestantes, podendo impactar na perca de força do movimento.

“As pessoas têm o direito de expressar suas opiniões, mas a violência não deve, em hipótese alguma, ser perdoada. Temos que respeitar e defender o Estado de Direito”, disse Aron Harilela, presidente da Câmara de Comércio de Hong Kong, em um comunicado.

A Câmara Americana de Comércio na ilha chinesa também criticou os atos de violência. “Acreditamos que os protestos violentos dos últimos dias não refletem como a maioria das pessoas nesta economia dinâmica e avançada escolheria ser ouvida”, afirmou em nota.