O EWZ, como é conhecido o principal fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) do Brasil em Nova York despenca 11,3% no after hours de Wall Street.

Pelo gráfico de desempenho da carteira nesta quarta-feira, 17, o papel começou a despencar no início da noite, quando saiu a notícia de que o dono do frigorífico JBS, Joesley Batista, gravou o presidente Michel Temer dando aval para a compra do silêncio do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O EWZ tem patrimônio de US$ 5,9 bilhões e é um dos ETFs de países emergentes mais negociados em Nova York. No ETF estão representadas as principais empresas da bolsa brasileira, entre elas os maiores bancos (Itaú, Bradesco e Banco do Brasil), a Petrobrás, a Ambev, a Cielo e a Ultrapar.

A Petrobrás também opera em forte queda no mercado after hours da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) na noite desta quarta-feira, 17, indicando que a quinta-feira deve ser um dia ruim para ativos brasileiros em Wall Street. Um dos American Depositary Receipt (ADR), recibo que representa ações da companhia brasileira, da petroleira despencava 11,1% por volta das 22h20.

Entre outros ADRs de empresas brasileiras listadas em Nova York o papel da Vale recuava 7,14% e o do Itaú cedia 7,42% no after hours. Ainda entre os principais ativos ligados ao mercado brasileiro, o EWZ, como é conhecido o maior fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) ligado ao Brasil nos Estados Unidos, despencava 11,28%. Outro ETF do país, o Direxion Daily Brazil Bull perdia 10%.