ZURIQUE (Reuters) – Algumas dezenas de pessoas protestaram em frente ao Museu da Fifa em Zurique nesta terça-feira para pressionar pelos direitos da comunidade LGBT+ antes da Copa do Mundo sediada pelo Catar.

Alguns jogadores de futebol têm levantado preocupações sobre os direitos dos torcedores que viajam para o evento, especialmente indivíduos LGBT+ e mulheres, que, segundo grupos de direitos humanos, as leis do Catar discriminam.

Em uma entrevista filmada em Doha, um embaixador da Copa do Mundo do Catar disse à emissora de televisão alemã ZDF que a homossexualidade, que é ilegal no país muçulmano conservador, é “dano mental”.

O grupo All Out que organizou o protesto em Zurique afirmou que a manifestação visa “garantir que a Fifa e o Catar saibam que o mundo está assistindo e que os cidadãos de todo o mundo esperam ação”.

All Out quer que a Fifa pressione o Catar a descriminalizar as relações entre pessoas do mesmo sexo e a proteger a comunidade LGBT+, e diz que a Fifa não se comprometeu publicamente com medidas concretas que garantiriam a segurança de torcedores de futebol LGBT+, jogadores gays ou da comunidade LGBT+ local.

“A Fifa está confiante de que todas as medidas necessárias estarão em vigor para que torcedores e apoiadores LGBTIQ+ aproveitem o torneio em um ambiente acolhedor e seguro, assim como para todos os outros”, respondeu um porta-voz do órgão que comanda o futebol mundial em comentário por e-mail.

O Catar é o primeiro país do Oriente Médio a sediar a Copa do Mundo, mas o pequeno país está sob intensa pressão pelo tratamento dado aos trabalhadores estrangeiros e pelas leis sociais restritivas.

(Reportagem de Arnd Wiegmann)

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