Uma ativista ambiental que foi condenada a 15 meses de prisão por bloquear o tráfego na ponte da Baía de Sydney foi libertada nesta terça-feira após o pagamento de fiança e aguardará o julgamento de seu recurso.

Deanna “Violet” Coco foi condenada em 2 de dezembro, uma decisão considerada “repressiva” por grupos de defesa de direitos humanos.

A ativista de 31 anos estacionou um caminhão alugado na famosa ponte, subiu no teto do veículo e acendeu um sinalizador de emergência, bloqueando uma pista por cerca de 25 minutos.

Coco se declarou culpada de vários crimes e foi condenada a um máximo 15 meses de prisão, com possibilidade de liberdade condicional somente após os oito primeiros meses.

Mas um juiz do estado de Nova Gales do Sul reverteu uma decisão prévia de negar fiança enquanto ela recorre contra a condenação.

“A saída de Coco sob fiança restaura sua liberdade, mas ela nunca deveria ter sido presa”, afirmou Sophie McNeill, pesquisadora da Human Rights Watch.

“Os promotores australianos buscar punições muito severas contra os manifestantes climáticos que parecem ter como objetivo impedir o ativismo climático pacífico”, disse McNeill.

Como parte das condições de sua liberdade, Coco não pode se aproximar a um quilômetro da ponte que bloqueou em seu protesto.

A sentença de 15 meses de prisão foi elogiada por políticos australianos conservadores, incluindo seu tio, Alister Henskens, ministro no governo do estado.

O relator especial da ONU para os direitos à liberdade de reunião pacífica e de associação, Clement Voule, expressou preocupação com a sentença e a recusa inicial de fiança.