O atentado que deixou 24 mortos no sábado em Ahvaz, no sudoeste do Irã, foi cometido por um comando ligado a separatistas jihadistas “apoiados por países árabes” – afirma o Ministério iraniano da Inteligência.

“Identificou-se cinco membros de um comando terrorista afiliado a grupos separatistas takfiris apoiados por países árabes reacionários”, lê-se em um comunicado publicado no site do Ministério.

As autoridades iranianas usam o termo “takfiri” para designar extremistas sunitas. Deriva da palavra árabe “takfir” (anátema), acusação usada pelos extremistas para justificar a violência contra aqueles que consideram impuros.

“Encontrou-se o esconderijo dos terroristas, e 22 pessoas envolvidas [no atentado] foram detidas”, acrescenta o comunicado, que informa sobre a descoberta e a apreensão de “explosivos, material militar e equipamentos de comunicação”.

“Os que ordenaram e os apoios estrangeiros deste ato terrorista também foram identificados, se dará mais informação sobre eles em seu devido tempo”, completa o Ministério.

No sábado, um comando abriu fogo contra uma parada militar em Ahvaz, capital da província do Juzestão, atingindo a multidão que estava presente.

Imediatamente depois do atentado, as autoridades iranianas acusaram o movimento separatista árabe ativo nessa província.

O atentado foi reivindicado por dois grupos: o extremista Estado Islâmico (EI) e um separatista árabe, a Resistência Nacional de Ahvaz.