No programa MOEDA FORTE desta semana, Carlos Sambrana, diretor de redação da ISTOÉ DINHEIRO, recebe Luiza Helena Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza. Uma das executivas mais influentes do Brasil, Luiza Helena criou o Grupo Mulheres do Brasil, que tem como objetivo discutir e propor ações ligadas a educação, empreendedorismo, projetos sociais e cotas para mulheres.

Neste quinto bloco (acima), ela fala sobre liderança. Luiza Helena conta que sempre acreditou na força do trabalho, capacidade de aprender e troca entre as pessoas. “O líder é humano, ele erra e acerta. Não pode querer ser perfeito”, diz. Na avaliação da empreendedora, líder é aquele que leva as pessoas mais longe do que elas acham que podem ir. “Para quem está começando, o importante é estar sempre ativo e sempre buscando o novo”, afirma. Luiza Helena destaca ainda que estamos em um momento muito importante do Brasil. “Convoco a todos a se tornaram protagonistas do País.”

BLOCO 4

Luiza Helena fala sobre política e economia. Segundo ela, a crise existe nos âmbitos morais, políticos e econômicos. “O País está dividido e isso é muito ruim”, afirma. A executiva destaca, porém, que a crise também é uma questão de oportunidade. “É preciso parar de reclamar e buscar alternativas. Elas existem dentro da crise”, diz. Luiza Helena comenta ainda que, pela primeira vez, está vendo um movimento muito forte de cidadania no País. “Além do Grupo Mulheres do Brasil, estão acontecendo vários outros movimentos organizados pela sociedade civil”, afirma.

BLOCO 3

A empreendedora fala sobre a criação do Grupo Mulheres do Brasil. A executiva acredita que só a sociedade civil, assumindo o Brasil, sem reclamar, com propostas consistentes, vai conseguir transformar o País. “Era o meu sonho ter uma sociedade civil fazendo acontecer. Começamos com 40 mulheres e hoje temos 20 mil mulheres e 15 comitês. E somos totalmente apartidárias”, afirma. As principais pautas do grupo são educação, saúde, igualdade racial, combate da violência contra a mulher, cultura e empreendedorismo. “Atuamos no varejo, ajudando ONGs, e também no atacado, desenvolvendo estudos e enviando para os políticos”, diz. O movimento já conseguiu passar no Senado cotas para mulheres em conselhos de administração nas empresas de capital aberto. “Tem 7% só e se você tirar as donas, como eu, cai para 2%. Os países que têm cota melhoraram a economia.”

BLOCO 2

Luiza Helena ela fala sobre a transição do varejo físico para o digital. De acordo com Luiza Helena, todo mundo acreditava que o pontocom deveria ser uma empresa à parte do físico, mas o Magazine Luiza decidiu criar um laboratório para unir o físico e o online. “Nos sacrificamos muito para manter essa decisão. Nossas ações chegaram a valer menos de R$ 1”, afirma. A empreendedora explica ainda que também foi necessário ‘empoderar’ os funcionários digitalmente. “Não adianta ter digital em processo, digital é cultura. Então começamos a preparar a equipe e demos celulares para eles”, conta.

BLOCO 1

A executiva fala sobre o início da carreira e do começo do Magazine Luiza, que foi fundado pelos tios de Luiza Helena. A executiva conta que, aos 18 anos, começou a estudar em uma faculdade em Franca (SP) e assumiu as primeiras funções na empresa. “Fiquei muitos anos na ponta, trabalhando como vendedora, encarregada de setor e gerente. Mas sempre de olho na estrutura da empresa”, afirma. Luiza Helena destaca ainda que sempre quis dar um salto na estrutura e gestão da empresa. “Inovação não é questão de processo, é questão de cultura. É preciso ter o espírito inovador”, diz.