Luxuosos bangalôs de madeira, de frente para um fabuloso mar que mescla tons de azul-turquesa e verde-esmeralda e dos quais o hóspede desce com os pés já dentro d’água. A imagem se encaixa perfeitamente nos famosos hotéis do Taiti, a magnífica ilha na Polinésia Francesa, no Oceano Pacífico. Mas você não precisa ir tão longe para aproveitar tudo isso. A descrição acima refere-se ao Nannai Resort, erguido num dos nacos mais belos e célebres do litoral brasileiro: Porto de Galinhas, em Pernambuco. E o melhor: a apenas 65 quilômetros do Recife. De tão fabulosos, o hotel e a região já serviram de cenário a diversas produções da TV e do cinema, como as novelas Passione e Paraíso Tropical, ambas da Globo, e o filme VIPs, estrelado por Wagner Moura. O ator baiano, aliás, não é o único famoso que já curtiu as delícias do Nannai. Na lista, há gente como Adriane Galisteu, Claudia Raia, Juliana Paes, Reynaldo Gianecchini e Rodrigo Santoro. Mas o que atrai tanta bacana e descolada ao Nannai? As respostas são muitas.

Há quem diga que são as já citadas águas límpidas e mornas – em torno dos 25 graus – do marzão pernambucano. Outros afirmam que são os bangalôs do Nannai, todos com piscina privativa e que misturam luxo, conforto e rusticidade. Sem falar na decoração charmosa das acomodações – todas com ar-condicionado, TV a cabo, wifi, frigobar, máquina de café expresso, secador de cabelos e cofre eletrônico – e nas amenities da grife francesa L’Occitane. Alguns garantem que é o excelente serviço prestado pelo hotel, com estrutura com spa, campo de golfe, quadra de tênis, academia, restaurante com chefes de experiência internacional e 6 mil metros quadrados de piscinas – pouco menor do que um campo de futebol. Tudo muito bem distribuído nos 9 hectares de área total do hotel. E ainda há as magníficas piscinas naturais da praia, que surgem na maré baixa, bem na frente do Nannai, onde os hóspedes podem praticar atividades como canoagem, snorkel e stand up paddle. Sem pagar nada a mais por isso – está tudo incluído na diária.

Coisa de sonho: com piscinas privativas e decoração requintada, os bangalôs do Nannai encantam a todos. Assim como o marzão de águas límpidas e mornas e o célebre bolo de rolo, um tesouro da gastronomia pernambucana (Crédito:Divulgação)

Não foi por obra do acaso que o Nannai foi projetado com bangalôs que lembram os resorts do Taiti. Erguido entre coqueirais e numa praia protegida por arrecifes, o hotel foi inspirado justamente nos magníficos resorts da Polinésia Francesa. O problema é que no Brasil é proibido construir esse tipo de estrutura no oceano. “A solução foi fazer os bangalôs com vista para o mar e com a piscina privativa, para passar a ideia de que o hóspede sai do quarto e entra direto na água”, conta Rodrigo Lins, gerente Comercial do Nannai. As obras começaram em meados de 1996 e demoraram 5 anos. O proprietário – que gosta de se manter no anonimato – não revela quanto investiu para colocar o hotel de pé, mas afirma que todo ano despeja “alguns milhões” para melhorar ainda mais a estrutura e manter o Nannai entre os mais charmosos e disputados do Brasil. Tem dado certo. Quando foi inaugurado, em novembro de 2001 – está às vésperas de completar 18 anos –, o resort tinha 53 unidades, sendo 29 bangalôs e 24 apartamentos. “A ideia era sermos um hotel intimista, com poucas unidades”, diz Lins.

Ocorre que a demanda aumentou tanto, que o Nannai ampliou sua oferta em 80%. Hoje, são 95 unidades. As opções de acomodações são diversas, indo dos apartamentos, de 45 metros quadrados e com diárias entre R$ 1.800 e R$ 2.700, às Suítes Villa – 90 m2 e diárias de R$ 3.600 a R$ 4.300 – e aos bangalôs – de 65 m2 a 140 m2 e preços de R$ 2.800 a R$ 5.300. Todos os valores dependem da época do ano, são para duas pessoas e incluem café da manhã e jantar. “Crescemos bastante, mas não perdemos a proximidade com nossos hóspedes, que é uma das nossas prioridades”, destaca Lins. Os números confirmam. Considerando que a lotação máxima fica em torno de 250 pessoas e que o Nannai tem 300 colaboradores diretos – além de 200 indiretos –, tem-se mais de um funcionário por hóspede ou mais de três por quarto.

O serviço sempre atencioso e de alta qualidade é, de fato, um dos diferenciais do resort. A fonoaudióloga pernambucana Luana Alves, 33 anos, se hospedou no local em julho deste ano e ficou encantada. “Além da praia maravilhosa, a decoração é linda, o quarto, super confortável e o pessoal está sempre atento a tudo o que a gente precisa”, diz ela, que estava no Nannai pela primeira vez. Já o casal português João Branco, 41, e Ana Veiga, 35, virou habitué do lugar. “Esta é a quinta vez que ficamos aqui. E já temos reserva para o Carnaval de 2020”, diz João, que é advogado. “Muitos funcionários nos conhecem pelos nomes e sabem das nossas preferências gastronômicas”, completa Ana. Eles fazem parte das mais de 15 mil pessoas que se hospedam no Nannai por ano, das quais 85% são de brasileiros e 15% de turistas de todas as partes do mundo, principalmente da Argentina, dos Estados Unidos e da Europa. Para atender a toda essa gente com presteza e cortesia, o Nannai tem uma equipe poliglota, com funcionários que falam alemão, espanhol, francês, inglês e italiano.

Só alegria: o gerente Nascimento está no Nannai há 17 anos. Enquanto ele trabalha, os hóspedes curtem a praia, as piscinas dos bangalôs e as delícias do restaurante, como o Super Gambas, camarões gigantes na manteiga de ervas, servido com arroz de brócolis (abaixo) (Crédito:Divulgação)

EVOLUÇÃO CONSTANTE Investir na formação da equipe é outra filosofia do hotel. Especialmente, no caso de funcionários da região. Nascido num engenho de cana, no município alagoano de Maragogi, a 90 quilômetros de Porto de Galinhas, Fernando Nascimento, 46, é exemplo disso. Casado e com dois filhos, ele trabalha no Nannai há 17 anos. Começou na manutenção e logo percebeu que poderia contar com a ajuda da empresa para se aperfeiçoar. “Sempre fui incentivado a buscar qualificação. Fiz faculdade de Engenharia de Produção e uma pós em Gestão de Pessoal. Hoje, sou gerente de Manutenção”, conta ele, que chefia 42 pessoas. “Sou totalmente realizado profissionalmente. E quero continuar evoluindo”. A direção do Nannai entende que a evolução da equipe acaba por refletir na qualidade do serviço e, consequentemente, na satisfação dos hóspedes, que, por sua vez, mantém o negócio em crescimento.

Os sorrisos observados nos rostos dos viajantes – seja num passeio na praia ou num banho de piscina – não deixam dúvidas. Não raro, essa alegria fica evidente durante as refeições. As opções são muitas e todas deliciosas. Da cozinha do Nannai, saem pratos como o Super Gambas (camarões gigantes na manteira de ervas, com arroz de brócolis e telha de parmesão, R$ 110), o Bacalhau à Espanhola (lombo cozido no azeite, servido com pimentões coloridos, azeitonas e arroz negro, R$ 110) e a típica Carne de Sol Sertaneja (servida na manteiga de garrafa, com queijo coalho assado, lascas de mandioca, farofa de ovo com feijão e vinagrete, R$ 87). Para a sobremesa, uma dica é o regional cartola (banana frita, coberta com queijo assado e polvilhada com açúcar e canela, R$ 29). Em relação a doces, no entanto, nada se compara ao bolo de rolo. Saborear essa obra-prima da gastronomia pernambucana, admirando o pôr-do-sol de Porto de Galinhas, é uma experiência inesquecível. Talvez, seja esse o motivo do sucesso do Nannai. Mas também podem ser os bangalôs incríveis, o atendimento atencioso, o marzão de águas mornas.