A ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) mostra que os dirigentes da instituição estão divididos sobre a trajetória da inflação no país. Para alguns deles, é possível deixar que ela suba mais, a fim de garantir que tenha um “retorno sustentável” à meta de 2% do BC americano. Outros, porém, advertem que a inflação já atingiu o patamar almejado e que deixá-la ganhar um ritmo mais forte poderia ser um risco mais adiante.

A medida preferencial de inflação do Fed superou em fevereiro a meta de 2% do banco central pela primeira vez em quase cinco anos. O núcleo da inflação, que exclui alimentos e preços com energia, tem se mantido mais estável, em cerca de 1,8% ao longo do último ano.

A equipe do Fed previu também que tenha havido uma desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no primeiro trimestre, na comparação com o trimestre anterior. Por outro lado, prevê que o PIB americano acelere no segundo trimestre. A equipe afirmou ainda que as incertezas nas projeções são similares à média dos últimos 20 anos.

Vários dirigentes alertaram que as eleições na Europa podem representar um risco. Em geral, porém, dizem que esses riscos estão “equilibrados”. Os dirigentes veem riscos no cenário externo, mas também apontam que esses riscos de piora vem diminuindo.

Sobre o balanço, os dirigentes em sua maioria querem que a redução do portfólio do Fed deve estar atrelada à condição econômica e financeira do país e também à questão da taxa de juros. Fonte: Dow Jones Newswires.