Os astronautas Thomas Pesquet, da França, e Shane Kimbrough, dos Estados Unidos, flutuavam do lado de fora da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) nesta quarta-feira (16), quando começaram o árduo processo de instalação de novos painéis solares para reforçar os sistemas de energia da estação orbital.

É a primeira de várias viagens para incrementar os oito painéis solares já existentes na ISS. O primeiro par opera continuamente desde dezembro de 2000.

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A dupla estava instalando o primeiro de seis novos painéis quando problemas com a exibição e os controles do traje espacial de Kimbrough o forçaram a retornar à estação para reconfigurar seus sistemas. Com o tempo perdido, eles não conseguirão concluir o processo nesta quarta.

As caminhadas espaciais “serão muito desafiadoras, muito complexas, então temos que nos certificar de que estamos ambos em sintonia para cada movimento que fizermos”, disse Kimbrough antes de deixar a câmara de descompressão na manhã desta quarta.

Parte do procedimento de instalação deve ser realizada enquanto a ISS estiver na sombra da Terra, quando a estação funciona a bateria.

A combinação dos painéis originais e seis painéis menores que são mais eficientes restaurará a energia em 20 a 30%.

“Juntos, eles geram mais energia do que o que a nossa matriz original gerava sozinha quando era nova”, disse Dana Weigel, subgerente do programa da Estação Espacial Internacional.

Quando a missão for concluída, a ISS voltará a operar com 215 kilowatts. Para efeito de comparação, um computador desktop e um monitor funcionam com cerca de 270 watts, e um pequeno refrigerador usa cerca de 725 watts.

Os novos painéis solares podem ser desenrolados como tapetes de ioga e são menores e mais leves do que os tradicionais.

A Nasa espera avançar com a tecnologia para a missão Artemis de retorno à Lua, e painéis semelhantes provavelmente serão utilizados em uma futura estação lunar chamada Gateway.