Esse asteroide é um velho conhecido dos astrônomos, que há quase 20 anos estudam sua rota e, como tal, sabem com precisão por onde vai passar, um mapa útil para quem quiser pegar no telescópio e tentar a observação.
Chama-se (7482) 1994 PC1 e, como o nome indica, foi catalogado pelos cientistas no início da década de 90, embora a confirmação de dados tenha permitido apurar que há registos de observação já na década de 70. Desde então a sua trajetória é estudada pelos cientistas, o que permite calcular com segurança o percurso exato que fará na próxima semana, quando fará a sua passagem mais próxima da Terra dos próximos 200 anos.

A passagem pela Terra vai acontecer em 18 de janeiro, e se prolongará pela madrugadada de dia 19, dia em que este pequeno gigante dos céus, com quase mil metros – o equivalente a duas vezes e meia a altura do Empire State Building – passará a 1,9 milhões de quilômetros da Terra, pouco mais de cinco vezes a distância entre a Terra e a Lua. Nesta passagem pela Terra o asteroide 7482 desloca-se a uma velocidade de cerca de 70 quilômetros/hora.

Pelo tamanho e proximidade da Terra, o (7482) 1994 PC1 foi classificado, desde a descoberta, como um asteroide potencialmente perigoso e como tal tem sido monitorado pelos cientistas, que estudaram em detalhe a sua rota nos anos seguintes. Afinal, um asteroide destas dimensões apenas se aproxima assim da Terra a cada 600 mil anos.

A boa notícia, para os fãs do espaço com equipamento de observação amador, é que a passagem do (7482) 1994 PC1 poderá ser observada. Vai aparecer no céu como um ponto de luz, semelhante ao de uma estrela, a brilhar com uma magnitude 10, observável com telescópios de seis polegadas ou superiores, segundo Eddie Irizarry, da Sociedade de Astronomia do Caribe.