A Associação Nacional de Jornais (ANJ), a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e a Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) emitiram nesta quinta-feira, 26, nota de repúdio contra casos de censura prévia aplicada pela Justiça. “A censura prévia judicial não distingue o tipo de meio de comunicação”, diz o comunicado, e “priva os cidadãos do direito de serem livremente informados”.

Nesta semana, pelo menos três casos foram registrados: o jornal O Globo, em reportagem sobre movimentação financeira investigada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, a revista piauí, sobre investigação de assédio sexual e a emissora de TV gaúcha RBS TV, que fez reportagem sobre uma delação premiada ao Ministério Público.

“As associações esperam que essas iniciativas de censura sejam logo revertidas por outras instâncias da Justiça, embora já tenham provocado o efeito danoso e inconstitucional de impedir a liberdade de informação. É inadmissível que juízes sigam desrespeitando esse princípio básico do estado de direito”, conclui a nota.