Na noite da última segunda-feira, uma quadrilha assaltou a agência do Banco do Brasil no Centro de Criciúma, no Sul de Santa Catarina. Bloqueando vias, utilizando reféns como escudo e armamentos pesados, os criminosos produziram cenas de filme de ação. Saiba como agiram e o que se sabe até o momento:

Após o ataque, os criminosos fugiram e abandonaram parte do dinheiro no local. Quatro moradores foram detidos após recolherem R$ 810 mil que ficaram jogados no chão.

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Ainda na madrugada, peritos analisaram materiais explosivos abandonados. Cerca de 200 quilos de explosivos ficaram para trás e foram detonados pelo Esquadrão Antibombas pela manhã. A polícia não sabe o total utilizado.

Seis trabalhadores do Departamento de Trânsito e Transporte de Criciúma, que pintavam faixas nas ruas, foram feitos reféns durante o assalto. Eles foram obrigados a sentar na faixa de pedestre perto da agência bancária alvo dos bandidos para dificultar a ação da polícia. Segundo a prefeitura, três deles tiveram que auxiliar no carregamento dos malotes de dinheiro do banco até os veículos dos criminosos. Os seis foram liberados depois de duas horas, sem ferimentos.

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Apesar dos reféns e das centenas de tiros disparados, nenhum civil foi atingido. Um PM foi baleado quando estava numa viatura retornado para o batalhão. De acordo com a Polícia Militar, ele está internado em estado grave, com hemorragia interna, e passou por três cirurgias.

Até a tarde desta terça-feira, nenhum dos criminosos havia sido preso. A estimativa da polícia é que pelo menos 30 pessoas estejam envolvidas com o crime.

O valor roubado da agência não foi informado. A polícia encontrou cerca de R$ 300 mil espalhados pelas ruas e prendeu quatro moradores que tentavam levar malas com R$ 810 mil que tinham sido deixadas pelos bandidos.

Durante o dia, a polícia localizou 10 carros usados no assalto em um milharal. Nove dos 10 veículos eram blindados, todos foram pintados de preto. Segundo a polícia civil, alguns tinham placas de São Paulo, mas a polícia não sabia se elas eram verdadeiras ou falsas.

O Banco do Brasil disse, em nota, que funcionários não foram feridos e que não há previsão para reabertura da agência e que não informa “valores subtraídos durante ataque às suas dependências”.

A Polícia Militar e Civil deslocou equipes de todos os departamentos, como Operações Especiais, Aviação, Canil, Rodoviária e Antissequesto. A Polícia Rodoviária Federal também auxilia a PM nas estradas federais.