O presidente sírio, Bashar al-Assad, comprometeu-se nesta segunda-feira (17) a manter a ofensiva no noroeste do país para “libertar” o último grande bastião nas mãos de extremistas e rebeldes, após a conquista das imediações de Aleppo por suas forças.

Suas declarações, durante um discurso transmitido pela TV, coincidiram com os pedidos da ONU por um cessar-fogo na região de Idlib e nos territórios próximos, onde os combates e bombardeios aéreos deixaram dezenas de mortos e mais de 900.000 deslocados desde dezembro, segundo as Nações Unidas.

“A batalha pela libertação das províncias de Aleppo e de Idlib continua, independentemente dos discursos estridentes vazios que vêm do norte”, afirmou Assad, referindo-se aos alertas reiterados da Turquia, na fronteira norte da Síria.

As forças governamentais, com apoio da força aérea russa, reconquistaram no domingo o cinturão de localidades que circunda a cidade de Aleppo, repelindo os ataques de extremistas e rebeldes, que lançavam foguetes contra a segunda cidades da Síria.

Por ora, o regime recuperou o controle de 70% do território sírio.

“Somos plenamente conscientes de que esta libertação não significa o fim da guerra, nem a queda dos complôs, nem o desaparecimento do terrorismo, nem a rendição dos inimigos”, afirmou Assad.

Nesta segunda, o vice-secretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Mark Lowcock, denunciou que os deslocados estão “traumatizados e obrigados a dormir fora, com temperaturas glaciais, pois os campos estão cheios”.