O caso da deputada federal Joice Hasselman (PSL-SP), que na semana passada acordou ensanguentada em seu apartamento funcional, ganhou mais um episódio. Dessa vez, ela usou sua página no Twitter para dizer que evitou acionar a Polícia Federal por “motivos óbvios”. A razão, prosseguiu ela, envolve o presidente Jair Bolsonaro, que teria interferido na organização para “proteger corruptos, entre eles seu filho”.

“O que não seria capaz de fazer para atacar um desafeto?”, questionou a parlamentar. A Polícia Legislativa (Depol) está cuidando do mistério em torno da parlamentar paulista.

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Além disso, ela também é alvo de campanhas de desinformação e difamação na internet. Em um desses casos, a parlamentar anunciou ontem (25) que vai pedir a prisão de Patrick Folena, um dos coordenadores do grupo direitista Movimento Avança Brasil. Ele fez uma montagem usando uma foto antiga da deputada e outra recente, com ela machucada, seguido por um slogan da campanha “Diga Não Às Drogas”.

Segundo a deputada, Folena é integrante do grupo de “milicianos do gabinete do ódio” que, em conjunto com o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), está atuando em uma “farsa” sobre os ferimentos e agressões que ela teria recebido.

Ontem, a Polícia Legislativa (Depol) abriu uma investigação para apurar o que ocorreu com a parlamentar, após ela ter passado o nome de dois suspeitos.

Sem revelar as identidades, Joice afirma que uma das pessoas é um grande desafeto político e teria acesso ao bloco em que mora “de maneira muito fácil”. Durante coletiva neste domingo, ela disse que a outra pessoa tem acesso “aonde quer que ele queira”.