O Brasil parece ter perdido um pouco do seu lustre nos últimos tempos, mas as marcas brasileiras não deixaram de brilhar. Apresentado em evento no dia 20 de abril, no campus da ESPM, em São Paulo, o ranking As Marcas Mais Valiosas do Brasil, realizado pela DINHEIRO, em parceria com a Kantar Consulting, do grupo WPP, mostrou um aumento de 23% no valor total das participantes do estudo. A pesquisa, que teve a Skol, da Ambev, no topo, e a Havaianas, da Alpagartas, como a marca que mais se valorizou em 2017, indicou que empresas que apostaram em uma boa comunicação colheram bons frutos.

O desempenho no ranking, mostrado para uma plateia de mais de 100 pessoas da área de marketing e publicidade, tem grande relação com o avanço das ações das companhias detentoras das marcas líderes. “Quem investiu durante a crise evitou ficar para trás”, diz Sergio Amado, CEO do grupo WPP. E isso não só nacionalmente. Segundo David Roth, CEO do The Store WPP, as 100 empresas com marcas globais mais valiosas, elencadas pelo estudo, tiveram um desempenho quase duas vezes superior ao das empresas listadas no índice S&P 500, da bolsa de Nova York, desde 2009.

Por outro lado, o estudo anual Melhores Países, realizado pela WPP para avaliar a imagem das nações, mostrou que o Brasil vem perdendo posições. O País figurou na 29a colocação, entre 80 participantes, uma a menos em relação ao estudo anterior. Mas isso pode mudar com uma economia mais robusta. “O crescimento do PIB terá fortes correlações com a marca Brasil”, disse Roth. O especialista participou de um dos painéis do evento. O primeiro deles discutiu a marca Brasil e o caso de sucesso internacional da Havaianas, com Carla Schmitzberger, da Alpargatas, e Eric Salama, CEO global da Kantar. Depois foi a vez de debater o varejo, com Eduardo Galanternick, do Magazine Luiza, e o próprio Roth. Por último, a discussão abordou como uma marca de serviços deve sair do óbvio, com Loraine Ricino, da Smiles, e André Galiano, da Kantar Consulting.