Com mais de 1 milhão de mortes provocadas pela Covid-19 em todo o mundo, 2020 entra para a história como o ano em que a pandemia desafiou a todos. Governos, profissionais de saúde, empresas e consumidores foram submetidos a situações desconhecidas no enfrentamento de uma ameaça invisível. O impacto das medidas de isolamento social na economia foi – e continua sendo – brutal, com reflexos ainda incertos sobre o emprego, a renda e as condições de vida no futuro. O efeito da interrupção de atividades ligadas à economia criativa, ao turismo, ao lazer e à educação, por exemplo, poderá ser dramático para as futuras gerações. Ao mesmo tempo, outros setores, mais ligados ao comércio eletrônico e à transformação digital, tiveram um impulso extraordinário, acelerando a adoção de novos hábitos de compra e estimulando o surgimento de tecnologias disruptivas. Ainda que não caiba afirmar que há um lado positivo na pandemia, é preciso reconhecer que ela nos forçou a repensar nossos papéis a partir de uma combinação de criatividade e coragem. Reinventamos nossas rotinas para seguir adiante.

Se no início do ano houve o derretimento dos mercados de capital, com as bolsas despencando – e, com elas, qualquer expectativa de crescimento da economia global –, a decisão de injetar dinheiro na população, tomada por autoridades monetárias de várias partes do globo, parece ter amenizado as perdas previstas inicialmente. Inclusive no Brasil, onde a ajuda emergencial estimulou o consumo e elevou a aprovação do governo, neutralizando o potencial negativo de tantas decisões equivocadas no âmbito da saúde, da economia e do meio ambiente.

Diante das incertezas e da falta de assertividade dos governantes, coube às empresas a missão de cuidar do que mais importava: a saúde de seus colaboradores, fornecedores e clientes, bem como a das comunidades em que atuam. Uma onda de solidariedade e cooperação viabilizou doações de itens necessários para evitar o contágio pelo coronavírus, além de garantir condições mínimas de sobrevivência às populações vulneráveis. Esse exemplo de responsabilidade do setor privado para amenizar os efeitos da pandemia é um dos ensinamentos de 2020 para o futuro. Ainda que a ajuda oferecida tenha variado de acordo com as possibilidades de cada empresa e de cada cidadão, fizeram mais aquelas que melhor haviam se preparado para enfrentar tempos difíceis, seja no ecossistema em que atuam ou no planeta como um todo. Este momento histórico deixará marcas — mas também ensinamentos.

Reconhecer as organizações que mais contribuem para construir um futuro sustentável, em todas as dimensões, tem sido o propósito do anuário AS MELHORES DA DINHEIRO. Por meio de informações detalhadas, fornecidas pelas empresas líderes em seus segmentos, a equipe da ISTOÉ DINHEIRO elege aquelas que tiveram o melhor desempenho no último ano. Ao destacar os melhores exemplos de gestão do mundo corporativo, esse precioso conjunto de dados sobre a atividade empresarial funciona como uma bússola para os negócios. E é com intuito de apontar caminhos e inspirar os empreendedores do Brasil que apresentamos nas páginas a seguir AS MELHORES DA DINHEIRO 2020, com os rankings setoriais e as 1.000 maiores do Brasil por faturamento. Replicar as lições dessas empresas nos ajudará a construir um futuro mais próspero.

Celso masson, diretor de núcleo